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Amazonas

Governo do Amazonas atrasa pagamentos para enfermeiros de UTIs

Presidente de sindicato informa que há outras cooperativas que também não conseguem pagar profissionais que atuam em Manaus, Tabatinga, Manacapuru e Itacoatiara por falta de pagamentos do Estado.

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Trabalhadores em saúde terceirizados das unidades hospitalares de Manaus estão sem receber seus salários em dia desde o mês de março deste ano, conforme denunciou nas redes sociais a presidente do Instituto de Enfermeiros de Terapia Intensiva (Ieti), Suzany Teixeira.

Suzany explicou que os 249 enfermeiros especialistas em UTI do Ieti não receberam os salários dos meses de abril, maio e junho. “Estamos com os repasses atrasados desde fevereiro. Pagaram o mês de março integralmente, mas os outros meses recebemos alguns repasses em janeiro, não em sua totalidade; fevereiro idem e apenas março integralmente. Já abril, maio e junho estão sem receber”, disse.

Suzany explicou que os enfermeiros prestam serviço nas UTIs dos hospitais Francisca Mendes, 28 de Agosto, Adriano Jorge, Dr. João Lúcio, Nilton Lins, Hospital Getúlio Vargas (HUGV), Platão Araújo; Instituto de Medicina Tropical; Fundação Cecon, Maternidades Ana Braga, Azilda Marreiro, Balbina Mestrinho e Dona Lindu, e Prontos-socorros infantis das zonas Leste, Sul e Oeste. “Desde janeiro de 2021 recebemos apenas janeiro e fevereiro referente aos leitos do HUGV”, afirmou.

Suzany ressaltou que a categoria não pode fazer greve por ser atividade de serviço essencial, embora haja uma negociação com o Governo do Estado para que os débitos sejam sanados. Ela ressaltou que parte dos profissionais com mais de 20 anos de experiência estão enfrentando dificuldades financeiras em razão dos salários atrasados.

“Nós vamos continuar negociando e aguardando que seja sanado este problema o mais breve possível porque nós já temos colegas passando necessidades básicas sem ter como ir e vir para trabalhar; filhos sem colégio, muitos (colegas) desagregados”, informou.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Santas Casas, Entidades Filantrópicas e Religiosas e Estabelecimentos de Saúde do Estado do Amazonas (Sindpriv-AM), Graciete Mouzinho, disse que outras cooperativas que contrataram profissionais para atuarem nas unidades da rede pública também já registram atrasos na folha de pagamento.

“Há outras cooperativas, empresas, que também não pagam os profissionais que atuam em Manaus, Tabatinga, Manacapuru e Itacoatiara. Isso porque o governo não faz o repasse dos pagamentos”, disse Mouzinho.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou que os valores em aberto de 2021 estão tramitando na secretaria, com algumas faturas previstas para serem pagas já nesta semana e que trabalha para em, no máximo, 60 dias regularizar as faturas pendentes. E que a nova gestão “empreenderá todos os esforços para manter a regularidade no pagamento dos prestadores de serviços e fornecedores”.


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