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Amazonas

G1: profissionais da saúde fazem protesto por melhores condições salariais e vacina: ‘não é justo’

A enfermeira Graciete Mouzinho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, disse que o objetivo do protesto foi mostrar pra sociedade os problemas que eles têm enfrentado.

Um grupo de profissionais da saúde de Manaus realizaram um protesto, na noite desta quinta-feira (21), por melhores condições salariais e pela vacina contra a Covid-19. O ato foi realizado na troca de plantão do Hospital Platão Araújo. As informações são do G1 Amazonas.

A enfermeira Graciete Mouzinho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, disse que o objetivo do protesto foi mostrar pra sociedade os problemas que eles têm enfrentado.

“Há um ano nós não recebemos risco de vida, o governo não paga para os profissionais da saúde. Nós não recebemos ticket alimentação. Há quatro meses, não recebemos o nosso adicional noturno”, disse.

Ainda de acordo com ela, os profissionais estão revoltados por conta da vacina, pois trabalhadores que estão “direto” com pacientes com Covid não estão sendo vacinados.

“Isso não é justo. Quando eu falo de direto, é aquele trabalhador que está em contato com esses pacientes na sala rosa, na UTI, na sala vermelha, no isolamento. São os maqueiros, são os enfermeiros, técnico de enfermagem, técnicos, e o pessoal da limpeza”, afirmou.
De acordo com Mouzinho, a categoria tem sofrido com perda de profissionais para a Covid. Nesta quinta, segundo ela, duas técnicas de enfermagem morreram por falta de vaga em UTI, e outros dois estão no SPA do São Raimundo aguardando por vaga em leito de UTI.

O Governo do Amazonas ainda não se pronunciou sobre o protesto.

O Amazonas enfrenta colapso no sistema de saúde por falta de oxigênio nos hospitais, que estão lotados em meio a um novo surto de Covid. A vacinação contra a doença foi suspensa em Manaus, nesta quinta, após denúncias de “fura-fila” na prioridade.

Até esta quinta, mais de 241 mil casos de Covid foram confirmados em todo o Amazonas, e mais de 6,7 mil pessoas morreram com a doença.