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Amazonas

Formada por músicos da Amazônia, ‘Afroribeirinhos’ é finalista do Prêmio Profissionais de Música

Banda já tocou para 30 mil pessoas no Maracanã e vem ajudando a disseminar a cultura do Norte num dos principais centros culturais brasileiros.

O grupo é formado por dois amazonenses, três paraenses e dois cariocas. (Foto:Divulgação)

Formada em 2018 por músicos da Amazônia na cidade do Rio de Janeiro, a banda Afroribeirinhos tem trazido à vida cultural carioca a sensualidade marcante da música do Norte. Buscando se consolidar na concorrida cena musical da cidade, o grupo tem ganhado destaque com sua mistura de ritmos nortistas e de influência caribenha, como a cúmbia, o carimbó e lambada, numa releitura moderna e irreverente da música dos beiradões, denominada pela banda de “mexidão”.

O grupo, composto por dois amazonenses, três paraenses e dois cariocas, já tocou para 30 mil pessoas no Estádio do Maracanã e se apresentou em festivais como o Acordes do Amanhã, com participação de artistas do porte de João Bosco, Teresa Cristina e Fernanda Abreu. Só em 2020, a despeito da pandemia, lançaram dois singles, o álbum “Afrocaribeamazônico” (https://www.youtube.com/watch?v=OSU18p_z7Hc&list=PLWLq_sDfA–mBNnmRbI45r1dAk-Rz23Rj) e iniciaram a gravação de uma websérie que conta a história de migrantes do Norte na cidade do Rio.

Agora, eles dão um novo passo para o reconhecimento nacional: acabam de se tornar finalistas do Prêmio Profissionais da Música, na categoria Intérpretes – Cultura popular, os únicos representantes do Norte nesta categoria da premiação. Por ocasião do prêmio, cujo resultado deve ser anunciado em meados de junho, a banda particiou de uma live com finalistas e convidados nesta terça-feira (25), onde discutiram o cenário de produção musical brasileiro, direito de propriedade, entre outros temas.

A premiação, criada para prestigiar os profissionais de diversas áreas que atuam na produção musical, também tem cumprido papel de disseminar a diversidade cultural brasileira para além do eixo Rio-São Paulo, vocação que também é compartilhada pela banda, como conta o letrista, guitarra e vocal da banda, Dibob da Silva.

“Historicamente o Norte tem muita dificuldade de atingir o cenário nacional por vários fatores: distância, mídia controlada por sul e sudeste… O povo brasileiro não conhece o Brasil”, afirma o manauara Dibob, que chegou no Rio de Janeiro, como diz, “com a intenção de se tornar um grito semeador da cultura amazônica tão ignorada pela maioria dos brasileiros”. “O Afroribeirinhos nasce dessa vontade de gritar nossa cultura pro mundo”, diz ele.

De acordo com Dibob da Silva, a banda nasceu em 2018 e de lá pra cá vem cumprindo com afinco essa missão. “O single “Lombra doida” foi lançado em pleno Maracanã, com mais de 30 mil pessoas. Isso é um feito histórico pra banda”, disse ele que também se orgulha do primeiro single internacional do Afroribeirinhos, a convite do Dj MAM, com a colombiana Noelia Maffiold. A canção “Velo que bonito” está disponível no Spotify.

Saiba mais

Curiosidade: a banda Afroribeirinhos chegou “com o pé na porta” no cenário musical carioca. Já gravaram um álbum, dois singles, fizeram shows em casas como a Fundição Progresso e o Maracanã, e já ajudaram a batizar até bloco de Carnaval, o bloco “Vai tomar na cuia”, inspirado em uma música do grupo.

 

Formação
Dibob da Silva – guitarra e voz (AM)
Anderson Fortalezinha – curimbó e maracas (PA)
Ivan Cabral – percussão (RJ)
Hemert Maracajá – percussão (PA)
Tutuka – bateria (RJ)
Artur Lorran – banjo e guitarra (PA)
Frank Russo – baixo (AM)

O povo brasileiro não conhece o Brasil”, diz Dibob da Silva, guitarra e voz dos Afroribeirinhos

A banda Como se formou a banda?
A banda nasceu em 2018. A gente sentia a necessidade defender a cultura do Norte no Sudeste. Historicamente o Norte tem muita dificuldade de atingir o cenário nacional por vários fatores: distância, mídia controlada por sul e sudeste. O Afroribeirinhos nasce dessa vontade de gritar nossa cultura pro mundo. O povo brasileiro não conhece o Brasil.

O Prêmio Profissionais da Música tem se tornado um dos mais importantes do Brasil desde sua criação, em 2015. Como foi para vocês receber a indicação e depois a notícia de que são finalistas do prêmio?
Foi incrível, né? Foram mais de mil candidatos, passamos por umas três fases. Pra gente,, como uma banda do Norte, estar aqui no Rio concorrendo a prêmio nacional, com álbum de música autoral, é tudo que a gente quer, tudo que a gente precisa, esse reconhecimento pelo trabalho.

Estamos passando ainda por um período de crise sanitária e também econômica, que atingiu a classe artística em particular, pelas restrições a shows e aglomerações. Como tem sido essa momento para a banda?
A gente passou por um processo de superação desde a chegada dessa pandemia que impediu tantas vidas e sonhos desde o início de 2020. Mas em meio a tantas dificuldades enfrentadas por toda classe artística, o grupo não parou de produzir: foram dois singles lançados e um álbum só no ano de 2020.

E no que você estão trabalhando agora?
Estamos finalizando as gravações da web série “É hora de Maloca”, que terá cinco episódios e contará muito dessa história que construímos até aqui, porque é uma série que trata de migrantes do Norte vivendo no Rio de Janeiro, e teve participação nossa e inclusive de outra amazonense, nossa amiga e cantora Márcia Caminha. Além disso, em breve lançaremos o single “Canto de outros cantos”, que terá participação da Márcia, e estamos em pré-produção do álbum “Abdução”, o primeiro da trilogia “Abdução, sedução e lombra”.

Para ouvir e acompanhar:

YouTube: https://www.youtube.com/playlist?list=PLWLq_sDfA–mBNnmRbI45r1dAk-Rz23Rj
Spotify: https://open.spotify.com/album/4E0Jvnhcbadrp0oYGXrpGR?nd=1

Instagram: https://www.instagram.com/afroribeirinhos/

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