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Amazonas

‘Fizemos nossa parte’, diz Bolsonaro sobre covid no Amazonas; estado vive colapso

Presidente da República disse que governo federal agiu com “recursos” e “meios” para socorrer Amazonas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que a situação do Amazonas em relação ao coronavírus está “terrível”, mas isentou o governo federal e declarou que “fez sua parte, com recursos, meios”. As informações são do UOL.

O governante também lembrou que as Forças Armadas estão mobilizadas na região para dar assistência ao sistema público de saúde, que se encontra em colapso e enfrenta problemas graves como falta vagas em UTI e insuficiência de cilindros de oxigênio. O equipamento é fundamental no tratamento de casos de covid-19.

“A gente está sempre fazendo o que tem que fazer, né? Problema em Manaus: terrível o problema lá, agora nós fizemos a nossa parte, com recursos, meios”, declarou ele. “O ministro da Saúde esteve lá na segunda-feira, providenciou oxigênio, começou o tratamento precoce, que alguns criticam ainda.”

Em ação civil pública ajuizada ontem na Justiça Federal de Manaus, cinco órgãos públicos federais e estaduais afirmam que a responsabilidade por dar uma solução ao colapso no fornecimento de oxigênio no Amazonas é do governo federal.

A ação foi ajuizada por representantes do MPF (Ministério Público Federal), DPU (Defensoria Pública da União), Ministério Público do Estado do Amazonas, Defensoria Pública do Estado do Amazonas e Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas.

Além da situação amazonense, Bolsonaro também voltou a falar em “tratamento precoce” — feito com uso de medicamentos que não têm eficácia cientificamente comprovada no combate à doença — como uma alternativa vital ao enfrentamento à pandemia.

Como exemplo e sem provas que corroborassem a sua fala, ele citou o fato de que 200 vizinhos dele teriam se contaminado com a covid-19 e supostamente não “foram para o hospital”.

“O médico pode receitar o tratamento precoce. Se o médico não quiser, procure outro médico. Não tem problema. Repito o tempo todo aqui: no meu prédio, mais de 200 pessoas pegaram a covid, se trataram com cloroquina e ivermectina, ninguém foi para o hospital.”

“E assim vocês veem exemplo no país todo. E não tem efeito colateral. Alguns ficam falando: ‘Ah, a ciência’. Calma, rapaz, esses medicamentos — a hidroxicloroquina são 70 anos — não têm efeito colateral. Se não surtir efeito, não vai acontecer nada para ele.”

Colapso em Manaus

O aumento nos casos e internações por covid-19 em Manaus provocou um novo colapso no sistema de saúde do município. Hospitais enfrentam falta de cilindros de oxigênio, usados, principalmente, em pacientes que necessitam de
intubação.
Na manhã de hoje, a FAB (Força Aérea Brasileira) realizou o primeiro embarque de pacientes com covid-19 em Manaus que serão levados para outros estados. Nove pacientes e cinco médicos embarcaram no voo com destino a Teresina.

Duas aeronaves C-99 do Primeiro Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (1º/2º GT – Esquadrão Condor) cumprem as missões de transporte dos pacientes com o objetivo de minimizar os impactos no sistema de saúde da capital amazonense.

Vacina não obrigatória

Assim como já fez em vários outros momentos, o presidente disse que, “se depender dele, a vacina [contra a covid-19] não vai ser obrigatória”. “Não estou fazendo campanha contra a vacina. É uma vacina experimental. Então, a obrigatoriedade fica sendo uma irresponsabilidade”, afirmou


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