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Amazonas

Falta de segurança ameaça abastecimento no interior do AM, diz presidente do Sindarma

Galdino Alencar Júnior disse que além dos prejuízos econômicos, os prejuízos sociais são imensos, desde os ataques e agressões físicas contra a vida até o uso dos recursos provenientes dos roubos para financiar atividades ilícitas.

O presidente do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma), Galdino Alencar Júnior, disse, no evento promovido ontem pelo Instituto Combustível Legal, em Manaus, que o transporte de combustíveis e alimentos para o interior do amazonas está ameaçado “diante diante do cenário de insegurança que se encontram os rios”. Segundo ele, o serviço pode ficar comprometido caso as transportadoras não recebam o apoio das forças de segurança federais e estaduais e das empresas distribuidoras de combustíveis.

Os desafios logísticos para o transporte de combustíveis no Amazonas, principalmente a falta de segurança e os ataques piratas cada vez mais frequentes em diversas regiões do Estado, foram os temas da apresentação que ele fez no evento. Para a entidade, que reúne as maiores e principais distribuidoras de combustíveis brasileiras, Galdino apresentou um relatório de todos os ataques realizados contra embarcações nos rios amazonenses nos últimos anos e que tem como alvo principal gasolina, diesel, gás e derivados de petróleo, que diariamente são transportados para abastecer os municípios.

Em seu discurso, o presidente do Sindarma afirmou que além dos prejuízos econômicos, os prejuízos sociais são imensos, desde os ataques e agressões físicas contra a vida e a integridade de tripulantes e marinheiros, até o uso dos recursos provenientes dos roubos para financiar uma série de atividades ilícitas em toda a região.

Galdino também apresentou ações que estão sendo implementadas pelas empresas transportadoras do Amazonas para coibir as ações dos piratas, como a utilização de escoltas de segurança, monitoramento via satélite e os estudos para a implantação de um sistema de Veículos Aéreos Não Tripulados (Vant). Essas ações encarecem o processo de transporte.

Segundo dados do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma), o lugar mais perigoso atualmente para o transporte de cargas no Amazonas é a região do Baixo Amazonas, entre os municípios de Itacoatiara e Parintins, até a cidade paraense de Juruti. Os ataques piratas e a falta de segurança no transporte de cargas nos rios do Amazonas provocam prejuízos anuais de R$ 100 milhões apenas em produtos roubados.

“Se passar nesta área, principalmente de noite, vai ser roubado. São muitas rotas de fuga e não adianta registrar Boletim de Ocorrência porque nunca mais serão encontrados”, advertiu Galdino Alencar Junior, em entrevista ao site do jornal A Crítica, de Manaus.

A região norte abriga diversas termoelétricas, inclusive, em 2019, o governo do Amazonas aprovou a instalação de 75 novas usinas de energia movidas a diesel, uma vez que algumas cidades sofrem ou com falta de energia elétrica ou com interrupções constantes no fornecimento. O diesel para abastecimento das usinas é transportado em balsas, alvo dos piratas dos rios. E a falta de segurança também ameaça o fornecimento de energia elétrica.


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