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Amazonas

Expedição orienta indígenas sobre importância da vacina anti Covid-19

Equipe formada por representantes da Fiocruz e de instituições de saúde indígena combate informações falsas sobre a vacina

Vacinação foi assegurada por decisão judicial (Foto:Divulgação Fiocruz)

Uma expedição formada por representantes do Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena) de Porto Velho;  da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Rondônia; Casa de Saúde Indígena; Secretaria Municipal de Saúde de Humaitá-Amazonas, DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) Pólo Humaitá, Funai (Fundação Nacional do Índio) e Opiam (Organização dos povos indígenas do Alto Madeira) percorreu comunidades indígenas da região da rodovia Transamazônica para reforçar a importância da imunização durante a pandemia. Os resultados desse primeiro contato com os indígenas foi divulgado nesta segunda-feira,15/02, pelo Portal de Notícias Ecoa/UOL.

O indígena e assessor do Condisi, Aurélio Tenharin, contou que no primeiro momento  em que ficou definido que indígenas seriam vacinados, houve grande resistência à vacinação na região. “Percebendo que a maioria das aldeias não queria ser vacinada, tentamos dialogar com algumas lideranças, mas mesmo assim tivemos 90% de rejeição. Levei a equipe de saúde para dentro da reserva indígena, mas não tivemos sucesso”, conta. Diante das negativas, Aurélio procurou ajuda.

Foi montada então a expedição que contou com os representantes de saúde indígena e com o casal Zé e Maria Gotinha.  A responsabilidade de informar as pessoas coube à pesquisadora da Fiocruz – RO, Deusilene Vieira. Ela foi convidada a integrar a expedição para ajudar a quebrar os mitos que contribuíam para a desinformação.

Com 13 anos de dedicação à saúde indígena, Deusilene já é reconhecida pelo trabalho que desenvolve com indígenas portadores dos vírus das hepatites B e Delta. À Ecoa, Vieira relata que percebeu, de imediato, um desvio de informação preocupante. “A população recebia informação distorcida em relação às vacinas. As dúvidas eram principalmente geradas por fake news (informação falsa) distribuídas amplamente nas redes sociais, ou sobre a fala de algumas pessoas que colocam descrédito em relação as vacinas “, explicou.

A expedição resultou na imunização de 504 indígenas e apenas 10 recusaram a vacina. A equipe visitou e vacinou indígenas das etnias Tenharim, Parintintin, Jiahui, Pirahã e Apurinã em sete aldeias: Mafuí, Taboca, Campinho, Trakwá, Bela Vista, Marmelo e Traíra.  Um nova expedição será organizada para aplicar a segunda dose da vacina nas mesmas comunidades.

 

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