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Amazonas

Em meio a escândalo com testes de Covid, coodenador da Central de Medicamentos do AM é exonerado

Na semana passada, o delegado Guilherme Torres, titular da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor), informou que o Inquérito que investiga o caso se encontrava em “estado avançado”.

Quatro meses após nomeá-lo e dois meses após o escândalo do desvio de mais de 3 mil testes de Covid-19 da rede de saúde do Amazonas, o governador Wilson Lima (UB) exonerou Erike Barbosa de Carvalho Araújo da coordenação da Central de Medicamentos do Estado (Cema). Erike estava afastado do cargo desde janeiro, “considerando a necessidade da apuração” do desvio dos testes de Covid-19.

Na semana passada, o delegado Guilherme Torres, titular da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil do Amazonas, informou que o Inquérito Policial (IP) instaurado para investigar o caso do desvio de testes de Covid-19 da Cema se encontrava em “estado avançado”.

Guilherme Torres disse que o indiciamento dos envolvidos será realizado ao término das investigações e que “portanto, mais informações serão repassadas somente após a finalização dos procedimentos policiais”.

No dia 21 da janeiro, a polícia de Roraima apreendeu testes rápidos de Covid-19 desviados da rede pública de Saúde do Amazonas. A suspeita é que o material seria vendido para clínicas ou laboratórios particulares.

O motorista do furgão onde estavam os testes afirmou que a carga era uma doação da Secretaria de Saúde do Amazonas para a Secretaria de Saúde de Roraima, segundo a delegada Magnólia Soares, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Administração Pública de Roraima. Ao ser feita a verificação com a Sesau (RR), foi constatado que o estado não tinha conhecimento dessa doação”, afirmou a delegada, que confirmou que o material foi desviado da rede pública de Saúde do Amazonas.

Investigado

O empresário Erike e a empresa dele, a Femax Serviços e Comércio Eireli, foram incluídos na lista de pedidos de indiciamento no relatório final da CPI, em Roraima, aprovado em dezembro do ano passado. Erike Araújo é citado por “crimes de licitação, improbidade administrativa, tráfico de influência, corrupção ativa, impedimento, perturbação ou fraude de concorrência, organização criminosa, e crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores”.

Na CPI, em depoimento, ele negou as acusações. “Fui citado por diversas vezes na CPI. Todos falaram que eu sou uma pessoa difícil, que eu sou uma pessoa grossa, que fiz até ameaças, mas nenhum deles me chamou de ladrão, nenhum disse que eu ofereci alguma vantagem ou algum dinheiro para alguém. Brigava sim, pois no serviço público, ou você tem padrinho ou você tem que brigar mesmo para ter seus direitos respeitados. Meus pecados são brigar pelos meus direitos”, declarou.

Governador do Amazonas nomeou investigado em CPI da Saúde em RR para coordenar Central de Medicamentos