Amazonas
Dois meses depois, polícia do AM sequer iniciou investigação sobre invasão no gabinete do vice-governador
Polícia informou que o BO foi transferido do 1º DIP), onde foi registrado, para o 8º DIP, onde seguiram as investigações, que estão paradas “em razão do autor do Boletim de Ocorrência não comparecer à delegacia”.
Dois meses depois do registro do Boletim de Ocorrência (BO), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) não deu início à investigação da denúncia de invasão do gabinete do vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho (PSDB), dentro da sede do governo estadual, feita pelo então secretário-executivo da vice-governadoria, Renato Nogueira de Oliveira, depois exonerado pelo governador Wilson Lima (PSC).
De acordo com nota da PC-AM, enviada ontem ao 18horas.com.br, o BO foi transferido do 1º Distrito Integrado de Polícia (1º DIP), onde foi registrado, para o 8º DIP, no bairro Compensa, onde seguiram as investigações, que estão paradas “em razão do autor do Boletim de Ocorrência não comparecer à delegacia”.
A principal atribuição da polícia civil no Brasil é a apuração das circunstâncias do evento criminoso e identificação de seus responsáveis. O inquérito policial é conduzido pela polícia, no caso por um delegado, que se responsabiliza por toda a investigação. O resultado do inquérito é apresentado ao Ministério Público, que a partir dele faz a proposição de ação penal (denúncia criminal).
A nota da PC-AM diz que, “de acordo com o delegado Adriano Felix, titular do 8º DIP, é necessário que o comunicante da ocorrência compareça naquela unidade policial para representar o caso, para que assim as investigações em torno do mesmo sejam iniciadas”.
No dia 25 de maio, Renato Nogueira de Oliveira registrou o BO, informando que as gavetas das mesas e armários do gabinete do vice-governador foram reviradas e as fechaduras do local trocadas por pessoas não identificadas. Segundo ele, ao chegar à sala do vice-governador percebeu que a porta estava com nova fechadura e não conseguiu abrir a porta.
No BO, ele registrou que “ retiraram as fotos, quadros e objetos pessoais” dele e do vice-governador que estavam na sala e que “soube que pediram para entrar em contato com a senhora Carol Grosso para reaver os pertences”.
Após o episódio, Renato Nogueira e mais 19 servidores comissionados do gabinete de Carlos Almeida foram exonerados por Wilson Lima.
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Carlos Almeida Filho, que é defensor público de carreira. Na atual gestão, ele foi secretário de Saúde e Chefe da Casa Civil, de onde saiu deixando uma carta em que dizia que o governo havia sido tomado por personagens perigosos.
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