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Amazonas

Documento da Susam informa ‘desídia’ e ‘inexperiência’ e chama de ‘péssimo’ serviço da Manaós

As informações estão no Memorando 73/2019, de 17 de fevereiro de 2020, encaminhado ao secretário executivo da Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam).

A secretária executiva adjunta de Atenção Especializada à Saúde da Capital, da Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam), Dayana Priscila Mejia de Souza, chamou de “péssima” a prestação dos serviços prestados e citou “desídia” e “inexperiência” dos profissionais da Manaós Serviços de Saúde Ltda..

Memorando da Susam comprova que Manaós não tem condições de atender UTIs no Estado. (Reprocução)

As informações estão no Memorando 73/2019, de 17 de fevereiro de 2020, encaminhado ao secretário executivo da Susam, em que Dayana de Souza pediu a suspensão da entrada da Manaós e a manutenção do Instituto de Enfermeiros de Terapia Intensiva (Ieti) no atendimento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) das unidades de saúde do Estado.

Desídia significa falta de atenção, de zelo, desleixo, incúria, negligência, disposição para evitar qualquer esforço físico ou moral, indolência, ociosidade e até preguiça.

No início do ano, a Manaós, com base em uma decisão judicial começou a substituir o Ieti no atendimento de enfermagem nas UTIs, inicialmente nos Instituto da Criança do Amazonas (Icam) e nos Hospital Infantil Dr. Fajardo. Vários problemas, inclusive o braço fraturado de um bebê foram relatados por mães de crianças que estão nas UTIs.

No documento, a secretária de que “insta salientar que após a notificação houve ulteriores fatos que esta Seaac (Secretaria Executiva Adjunta de Atenção Especializada à Saúde da Capital) sugere medidas urgentes, visando minimizar a péssima prestação dos serviços”. E pede a suspensão imediata da transição de empresas, “visando impedir danos aos pacientes” nas unidades gerenciadas por ela.

“Tendo em vista a problemática apresentada nas unidades de saúde as quais foi inserida a empresa Manaós, conforme relatório apresentado pelas unidades de saúde, que informam a desídia e inexperiência dos profissionais que se encontram prestando serviços”, diz a secretária, informando no documento que notificou a empresa a prestar esclarecimentos em 48 horas e não teve resposta sobre os problemas.

O Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) divulgou nota alertando a população do Amazonas e as autoridades estaduais, nacionais e internacionais para o “altíssimo risco de morte dentro das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em unidades hospitalares da Secretaria de Saúde do Estado (Susam), “motivada pela decisão judicial que encerra gradativamente, a partir desta terça-feira, a prestação de serviços pelo Ieti.

Os pais do bebê Carlos César Martins da Costa, internado na (UTI) do Icam) denunciaram que encontraram o filho com o braço quebrado, após ser atendido por um enfermeiro. De acordo com denúncias, o braço da criança foi quebrado durante a coleta de sangue feita por um dos enfermeiros da Manaós. O casal trouxe o filho para Manaus para receber tratamento médico, já que no município deles, em Nova Olinda do Norte, não havia condições.

A mãe do menino, Daywana da Costa, disse que todos os dias percebe que os profissionais de enfermagem não fazem a higiene nos pacientes. Na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã de quinta-feira (20), o deputado Dermilson Chagas (sem partido) afirmou que levará o caso para o Ministério Público do Estado (MPE).

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