Amazonas
Deputado cobra funcionamento do Hospital do Sangue e diz que há omissão do governo do Amazonas no orçamento
O parlamentar disse de que o Governo do Amazonas encaminhou à Assembleia (Aleam) a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 “sem prever nenhum centavo para o funcionamento do Hemoam.
O deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) informou que voltou a alertar, nesta terça-feira (09/12), para o que classificou como uma “situação de urgência” envolvendo o Hospital do Sangue do Hemoam. A unidade, segundo ele, concluída e licenciada desde setembro de 2024, permanece fechada há mais de um ano, apesar de possuir 190 leitos prontos, estrutura finalizada e previsão detalhada de custeio enviada à Secretaria de Estado de Saúde ainda em julho deste ano.
O parlamentar disse de que o Governo do Amazonas encaminhou à Assembleia (Aleam) a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 “sem prever nenhum centavo para o funcionamento do Hemoam, deixando descoberta uma demanda que atinge diretamente mais de 4,3 milhões de amazonenses”.
Wilker disse que o prédio, localizado em frente ao Centro de Convenções Vasco Vasques, já dispõe de autorização de entrega provisória e encontra-se completamente apto para operar. E que, segundo dados da própria Fundação Hemoam, são necessários R$ 163 milhões anuais, cerca de R$ 13 milhões mensais, para colocar a unidade em pleno funcionamento e concluir os últimos equipamentos.
O valor, disse o parlamentar, é irrisório diante do orçamento estadual de R$ 38 bilhões para 2026 e do recente empréstimo de R$ 1,5 bilhão aprovado pelo Legislativo.
“Para funcionar o Hospital do Sangue, nós estamos falando de 13 milhões por mês, estou falando em funcionar e terminar de equipar. 163 milhões dividido por 12 meses dará um pouco mais de 13 milhões, 190 leitos, um hospital literalmente pronto”, destacou Wilker. Segundo ele, ao reforçar que não se trata de estimativa ou achismo, mas de números oficiais enviados pelo próprio Hemoam à SES-AM para composição da LOA.
Wilker disse que milhares de pacientes onco-hematológicos aguardam o início das atividades da unidade, “indispensável para ampliar a oferta de atendimento especializado, reduzir filas e desafogar outros hospitais da capital”. Ele também chamou atenção para o risco de deterioração física do prédio, que, afirmou, “já começa a apresentar sinais de abandono, expondo um patrimônio recém-construído ao sucateamento antes mesmo de ser inaugurado”.
Ele disse que vai buscar a Liderança do Governo na Aleam, a Casa Civil e a Secretaria de Governo para esclarecer a ausência de dotação orçamentária. E defendeu que o Legislativo avalie a apresentação de emenda impositiva ou ajuste relatado na LOA, garantindo recursos para que o hospital entre em operação já em 2026.
“Eu não acredito que o governador saiba disso, eu sei que ele é desinformado, mas eu não acredito que ele, como gestor, sabendo que o hospital está parado, não priorize. É irracional, um gestor não colocar para funcionar um hospital, chega a ser criminoso”, afirmou.
Wilker encerrou o pronunciamento reafirmando que dará ao Governo a oportunidade de corrigir o erro, mas que a Assembleia não pode se omitir diante da gravidade da situação. Para ele, o funcionamento do Hospital do Sangue é uma obrigação moral, jurídica e social do estado.
“O regimento permite que possamos fazer uma emenda de relator, eu estou com os números, não é achismo, o hospital está entregue, nós temos o valor que precisamos, mas eu quero dar essa oportunidade, e essa chance do governo se redimir com o povo e ainda consertar o seu erro e botarmos para funcionar no ano que vem o hospital do sangue”, afirmou.
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