Amazonas
Deputadas de nove partidos acionam Conselho de Ética contra senador que falou em enforcar Marina
O senador disse durante evento no Amazonas ter tido vontade de enforcar Marina por ouvi-la por mais de seis horas na CPI das ONGs.

Nove deputadas federais, de diferentes partidos, ingressaram com uma representação no Conselho de Ética contra o senador Plínio Valério (PSDB-AM) pela declaração dele sobre “enforcar” Marina Silva. Túlio Gadêlha (Rede-PE), principal aliado da ministra do Meio Ambiente no Congresso, também assina o documento, de acordo com informações do jornal O Globo.
O senador disse durante evento no Amazonas ter tido vontade de enforcar Marina por ouvi-la por mais de seis horas na CPI das ONGs. Após a repercussão da fala ontem, Valério afirmou não se arrepender e disse que foi apenas uma brincadeira.
A declaração, no entanto, rendeu uma reprimenda de Davi Alcolumbre. A ministra também se manifestou. Afirmou que a fala foi uma incitação à violência contra a mulher e que “só psicopatas são capazes de fazer isso”. Marina ganhou apoio de outras personalidades, incluindo Janja.
Na representação, as parlamentares sustentam que a fala do senador configura quebra de decoro parlamentar. Argumentam que a declaração “não apenas fere a dignidade da ministra Marina Silva, mas também desqualifica o debate político ao utilizar uma linguagem de incitação à violência”.
O grupo acrescenta que o episódio não pode ser relativizado como um simples excesso verbal por afrontar princípios da ética parlamentar e caracterizar violência política de gênero, no que classifica como “acintoso rebaixamento da condição humana”.
Assinam a representação: Benedita da Silva (PT-RJ), Duda Salabert (PDT-MG), Enfermeira Ana Paula (Podemos-CE), Gisela Simona (União Brasil-MT), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Laura Carneiro (PSD-RJ), Maria Arraes (Solidariedade-PE), Tabata Amaral (PSB-SP) e Talíria Petroni (Psol-RJ), além de Túlio Gadêlha (Rede-PE).
Diz Gadêlha:
– Reunimos um grupo diverso e sem pensar em ideologias políticas, mas sim na defesa das mulheres e no combate à essa misoginia. A Câmara não pode e não vai se calar diante desse ataque.
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