Conecte-se conosco

Amazonas

Conselheiro do TCE-AM nega liminar para suspender contrato da SES com instituto para gestão do hospital de Lábrea denunciado por deputado

Na decisão, o conselheiro determinou que seja promovida a oitiva dos interessados para análise do mérito .

Hospital Regional de Lábrea atualmente pela prefeitura. (Foto:Reprodução)

O conselheiro substituto do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) Alípio Reis Firmo Filho negou pedido de medida cautelar feito pelo deputado estadual Wilker Barreto para suspender a celebração do contrato de gestão da Secretaria de Estado de Saúde (SES ) com o Instituto Positiva Social para gestão da Unidade Hospitalar do município de Lábrea, pelo valor global estimado de R$ 42.184.535,62 por ano.

conselheiro-do-tce-am-nega-lim conselheiro-do-tce-am-nega-limNa decisão, o conselheiro determinou que seja promovida a oitiva dos interessados para análise do mérito diante da documentação e/ou justificativas eventualmente apresentadas. Também determinou que a SES, no prazo de 15 dias, apresente defesa e/ou justificativa acerca da regularidade na habilitação da contratação do Instituto positiva Social, bem como sobre a economicidade da contratação. O processo deve ser encaminhado ao Ministério Público de Contas (MPC-AM), para pronunciamento e retornar para o relator apreciar o mérito.

O deputado denunciou que o Instituto Positiva, também chamado de Instituto de Psicologia Clínica Educacional e Profissional (Ipcep), já esteve envolvido em casos de irregularidades e corrupção em outros Estados, relacionando os casos de investigação de corrupção no Rio de Janeiro e Paraíba.

O conselheiro concluiu que não foi comprovada a irregularidade da empresa para contratação com a administração pública. Disse que havendo indícios de possível irregularidade do instituto, entende ser o caso de notificação para comprovação de sua regularidade para contratação com a administração pública. Ele entendeu que as alegações do denunciante são infundadas, “pois as indagações aduzidas (…) exigem dilação probatória”.

Wilker Barreto expõe que a Unidade Hospitalar de Lábrea passa por crise financeira, sem a efetivação de serviços de saúde e atraso no pagamento dos profissionais de saúde, os quais encontram-se com o pagamento de salários atrasados há quatro meses. Disse que que a administração estadual sequer paga as empresas que atendem aos hospitais da capital, a exemplo do Hospital e Pronto-Socorro Delphina Rinaldi Abdel Aziz, que, segundo ele, vem funcionando com cerca de 37% de sua capacidade, demonstrando a crise institucional da saúde pública e do atual sistema de terceirização.

O deputado defendeu o caráter antieconômico do contrato, frente à disponibilização de funcionários públicos, os quais já se mostram qualificados, pois já conhecem a prática hospitalar e cujos valores se mostram muito mais adequados ao momento em que o Estado do Amazonas vivência. E disse que a contratação “é uma afronta ao orçamento público do Estado do Amazonas e um completo descaso com a população, sendo completamente inadequada e absurdamente dispendiosa em relação à disponibilização/contratação de servidores públicos.

Veja a íntegra da decisão do conselheiro substituto.

 

Deputado pede ao TCE que suspenda contratação pelo governo do AM de OS investigada por corrupção para gerir hospital em Lábrea


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

1 × 4 =