Amazonas
Com Wilson Lima, Amazonas reduziu os gastos com Inteligência e Policiamento e número de roubos aumentou 9%, aponta Anuário
No Amazonas, a participação das despesas realizadas com a Função Segurança Pública no total das despesas realizadas pelo Estado, que chegou a ser de 11,1% em 2019, caiu para 10,5% em 2020 e para 9,5% em 2021.
A gestão do governador do Amazonas, Wilson Lima (UB) aumentou 2,2% as despesas na função Segurança Pública entre 2020 e 2021, mas reduziu os gastos nas subfunções orçamentárias de Inteligência (61,6%) e Policiamento (3,7%), segundo os números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados terça-feira (28/06) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Os números apontam que, no período, o governo do Amazonas reduziu de R$ 15.225.175,68 para R$ 14.660.489,63 as despesas com Policiamento e de R$ 265.414,09 para R$ 102.000,00 as despesas com Inteligência. No geral, as despesas com Segurança Pública foram de R$ 2,31 bilhões para R$ 2,36 bilhões. Entre 2020 e 2021, a receita do Amazonas cresceu 12%, passando de R$ 22,76 bilhões (R$ 22.761.970.620,63) para R$ 25,51 bilhões (R$ 25.515.811.111,66), de acordo com o Portal da Transparência do Estado.
Dos 27 Estado, 13 apresentaram redução das despesas com Segurança: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins. Aos restantes, observou-se um crescimento, com especial destaque ao estado de Sergipe, cuja variação foi de 45% em relação ao ano anterior. Esse crescimento decorre do aumento das despesas com a subfunção Informação e Inteligência, que saiu de R$ 1 milhão em 2020 para R$ 6 milhões em 2021.
No Amazonas, a participação das despesas realizadas com a Função Segurança Pública no total das despesas realizadas pelo Estado, que chegou a ser de 11,1% em 2019, caiu para 10,5% em 2020 e para 9,5% em 2021.
Roubos
O Anuário mostra que o número total de roubos no Amazonas cresceu 9%, chegando a 39.043 casos em 2021.
Aumentaram os casos de roubos de veículos (de 1.924 em 2020 para 2.262 em 2021); de roubo e furto de celulares (de 23.193 para 26.585, número abaixo do recorde de 2019, quando foram registrados 27.300 casos); e de estelionato e estelionato por meio eletrônico (de 5.699 para 6.369 – um crescimento de 59,7% com relação a 2018, quando foram registrados 3.812 casos).
Os roubo a estabelecimento comerciais cresceram 7,4% (de 2.137 para 2.329); os roubos a residências cresceram 22,6% (de 979 para 1.218); e os roubos a transeuntes aumentaram 5,6%, chegando a 28.454 em 2021.
O número de roubos a bancos caiu de 3 para 2; e o roubo de cargas aumentou de 20 para 33 (62,6%).
Mulheres
O número de homicídios de mulheres subiu de 68 para 110, sendo que o número de feminicídios passou de 68, em 2020, para 23 em 2021. Os casos de violência doméstica com lesão corporal dolosa passaram de 2.352 para 2.617.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública.
Homicídios
Os números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta segunda-feira pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, confirmam o Amazonas como o Estado brasileiro com o maior crescimento na taxa de mortes violentas intencionais entre 2020 e 2021. No Amazonas, segundo o documento, os números desse crimes subiram de 1.121, em 2020, para 1.670 ,em 2021.
A taxa por 100 mil habitantes saiu de 26,6 para 39,1, no mesmo período, com um crescimento 46,8%, o maior do País. Em 2021, o Estado teve o maior número e a maior taxa de homicídios dos últimos 10 anos. Manaus teve alta de 48,9% na taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes, também o maior crescimento entre as capitais do País.
Veja os principais números do Amazonas, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública:
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