Depois da maior tragédia sanitária da história do Amazonas, um ano depois, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (30) determinar ao Ministério da Saúde a elaboração, em 60 dias, de um plano de ação para monitorar o abastecimento de oxigênio medicinal de estados e municípios enquanto perdurar a pandemia de Covid. As informações são do G1.
No mesmo processo, o tribunal decidiu não aplicar sanções aos gestores do Ministério da Saúde pela falta de oxigênio, fator causador de mortes em Manaus em janeiro de 2021.
Relator do processo, o ministro Benjamin Zymler afirmou que “não se pode imputar especificamente uma responsabilidade em face de alguma conduta comissiva ou omissiva aos representantes do Ministério da Saúde”.
Para o ministro, ficou constatada “apenas” a falta de “planejamento para lidar com o fornecimento de oxigênio para os diversos estados e municípios”.
As conclusões do processo serão juntadas a outro processo em tramitação no tribunal que avalia a gestão do Ministério da Saúde como um todo durante a pandemia de Covid-19.
Esse processo avalia possíveis omissões da pasta na estratégia de comunicação, plano de assistência farmacêutica e plano de testagem na pandemia.
“Teremos a possibilidade de avaliar no processo maior a gestão do Ministério da Saúde como um todo” resumiu Zymler.
O TCU determinou, ainda, que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) apresente resultado do processo de apuração interna sobre o descumprimento parcial de contrato com a White Martins, fornecedora de oxigênio medicinal a hospitais.