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Amazonas

Amazonas tem 20,4% das moradias e 20% das população sem acesso à rede geral de água, aponta Trata Brasil

Na Região Norte, havia 1,531 milhão de pessoas vivendo em moradias sem banheiro de uso exclusivo.

A região Norte tinha o menor percentual de domicílios com rede geral como principal forma de abastecimento de água. (Foto:Reprodução)

Novo estudo do Instituto Trata Brasil ‘A vida sem saneamento: para quem falta e onde mora essa população?’ aponta que o Amazonas tem 20,4% das moradias (232 mil) e 20% das população (834 mil) sem acesso à rede geral de água. O Estado é o sétimo em percentual da população se acesso à rede geral e está entre os cinco do País, com os piores índices de população com privação de disponibilidade de reservatório. E ainda tem 56,3% da população sem coleta de esgoto, ou cerca de 2,3 milhões de pessoas.

O estudo foi produzido em parceria com a Ex Aante Consultoria Econômica e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). E traça o perfil socioeconômico e demográfico da população brasileira que sofre com privações nos serviços de saneamento básico, utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continuada Anual (PNADCA), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2013 e 2022.

A pesquisa considera cinco categorias de privações: privação de acesso à rede geral de água; frequência de recebimento insuficiente de água potável; disponibilidade de reservatório; privação de banheiro; e privação de coleta de esgoto.

No Norte, o problema é considerado muito grave, com 1,974 milhão de moradias sem acesso à rede geral de água, o que correspondeu a 22,1% do total nacional. Neste caso, contudo, a parcela que essas moradias representam do total de habitações foi maior do que a nordestina: 35 a cada 100 domicílios não dispunham de acesso à rede geral de água em 2022. As maiores proporções de moradias nessa condição de privação ocorreram em Rondônia (45,3% da população total), Pará (43,4%) e Roraima (46,1%).

No Norte, havia 1,531 milhão de pessoas vivendo em moradias sem banheiro de uso exclusivo. Esse contingente demográfico correspondeu a 34,7% do total nacional. Neste caso, a parcela que essas pessoas representam do total de habitantes foi ainda maior do que a nordestina: 8 a cada 100 pessoas não dispunham de banheiro de uso exclusivo em 2022.
Na região Norte, os maiores problemas estavam novamente nos estados do Pará e Amazonas, onde se situavam respectivamente 984 mil e 354 mil habitantes sem banheiro de uso exclusivo. Em termos relativos, a falta de banheiro atingiu 10 a cada 100 paraenses e 8 a cada 100 amazonenses. O pior índice relativo foi observado no Acre, estado em que aproximadamente 13 a cada 100 pessoas moravam em residências sem banheiro de uso exclusivo.
Brasil

No País, os números são alarmantes: considerando as moradias brasileiras, da totalidade de 74 milhões, quase 9 milhões não possuem acesso à rede geral de água; quase 17 milhões contam com uma frequência insuficiente de recebimento; cerca de 11 milhões não possuem reservatório de água; cerca de 1 milhão não possuem banheiro; e 22 milhões não contam com coleta de esgoto.

A pesquisa indica ainda que cerca de uma a cada duas moradias brasileiras convivem diariamente com algum tipo de privação no saneamento.

Percentualmente, os cinco piores estados com privção ao acesso à rede geral de água, considerando moradias e a população, foram Amapá, Rondônia, Pará, Acre e Paraíba.

As estatísticas da PNADC apontam que 8,916 milhões de moradias no Brasil não estavam ligadas à rede geral de abastecimento de água tratada em 2022, o que correspondeu a 12% do total de residências no país, afetando 27,270 milhões de pessoas. A maior parte delas (35%) estava localizada nos estados do Nordeste brasileiro, totalizando 3,117 milhões de residências em 2022.

Veja a íntegra do Estudo.

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