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Amazonas permanece em alerta no maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil, aponta Fiocruz

O Boletim mostra que das 27 unidades federativas, 24 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS iguais ou superiores a 80%.

UTI ocupada por pacientes com covid-19. (Foto: Sandro Pereira/Estadão Conteúdo).

Desde do dia 20 de dezembro do ano passado o estado do Amazonas está em situação de alerta vermelho, com taxa média de 80% de ocupação de leitos de UTI para atendimento às vítimas do coronavírus, de acordo com a edição atualizada do Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta terça-feira (16/3). Na visão dos pesquisadores que realizam o levantamento, o atual cenário da pandemia chama atenção para os indicadores que apontam uma situação extremamente crítica em todo país e confirmam que o Brasil está enfrentando o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil.

O Boletim mostra que, no momento, das 27 unidades federativas, 24 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) iguais ou superiores a 80%, sendo 15 com taxas iguais ou superiores a 90%. Em relação às capitais, 25 das 27 estão com essas taxas iguais ou superiores a 80%, sendo 19 delas superiores a 90%.

Os dados são das secretarias estaduais de Saúde e do Distrito Federal, e das secretarias de Saúde das capitais. As novas informações apuradas foram adicionadas à série histórica já apresentada pelo Boletim. O mapeamento traz dados obtidos desde 17 de julho de 2020.

A fim de evitar que o número de casos e mortes se alastrem ainda mais pelo país, assim como diminuir as taxas de ocupação de leitos, os pesquisadores defendem a adoção rigorosa de ações de prevenção e controle, como o maior rigor nas medidas de restrição às atividades não essenciais. Eles enfatizam também a necessidade de ampliação das medidas de distanciamento físico e social, o uso de máscaras em larga escala e a aceleração da vacinação.

O município de Araraquara, em São Paulo, é apresentado no Boletim como um dos exemplos atuais de como medidas de restrição de atividades não essenciais evitam o colapso ou o prolongamento da situação crítica nos serviços e sistemas de saúde. Com as medidas adotadas pelo município, Araraquara conseguiu reduzir a transmissão de casos e óbitos, protegendo a vida e saúde da população.

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