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Amazonas

Amazonas: índios do Rio Negro protestam contra declarações do presidente Bolsonaro

A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), no Amazonas, publicou nota contra as declarações do presidente que, em reunião com governadores para tratar de Amazônia, criticou demarcação de terras indígenas.

A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), no Amazonas, publicou nota contra as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSC), que, em reunião com governadores para tratar de Amazônia, criticou demarcação de terras indígenas e chamou de equivocada a política de governos anteriores para demarcações de terras indígenas, quilombolas e áreas de preservação.

A nota da Foirn diz que Bolsonaro, mais uma vez volta a atacar os povos indígenas e a Constituição Federal ao questionar o direito ao território dos índios como povos originários do Brasil. “Se não bastasse envergonhar o Brasil mundialmente com suas falas preconceituosas e mentiras em relação às queimadas na Amazônia, agora acusa os povos indígenas de inviabilizarem o Brasil”, afirma a Foirn.

Segundo a nota, “o que inviabiliza o Brasil é a violência, a corrupção, o Estado paralelo promovido pelas milícias que dominam parte das grandes cidades do país e a falta de investimento em educação, saúde, cultura, esporte e infraestrutura”.

A Foirn representa 750 comunidades indígenas no noroeste do Estado do Amazonas, pertencentes a 23 etnias e reafirma o direito dos índios ao território, assim como busca o desenvolvimento sustentável “através de ações que geram renda sem destruir a floresta e respeitando nossa cultura e modo de vida”.

Segundo, ainda, a nota, “o presidente Jair Bolsonaro vem propagando o ódio e tentando fazer uma campanha de difamação dos povos tradicionais”. E acrescenta: “Já vimos esse tipo de estratégia sendo usada em outros tristes momentos da história mundial, como na Alemanha nazista, que promoveu um dos maiores genocídios da História. Resistiremos ao ódio que incendiou a Amazônia nos últimos dias e não aceitaremos retrocessos em nossos direitos garantidos pela Constituição Federal”.

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