Amazonas
Amazonas aparece no top três de lista de violência contra as mulheres em boletim da Rede de Observatórios da Segurança
No Estado, Foram 33 feminicídios cometidos em 2024, 15 deles por parceiros ou ex-parceiros.

Com 604 casos em 2024, o Amazonas ficou atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro em números de violência contra as mulheres, superando estados mais populosos, como Bahia e Pernambuco. No Estado, Foram 33 feminicídios cometidos, 15 deles por parceiros ou ex-parceiros. Os dados foram divulgados hoje pela Rede de Observatórios da Segurança e mostram que a cada 17 horas, ao menos uma mulher é agredida no país.
No Amazonas, estado que aparece pela primeira vez no monitoramento, a Rede de Observatórios destaca também que 84,2% das vítimas de violência sexual tinha de 0 a 17 anos. Além disso, 97,5% não tiveram identificação de raça/cor. O estado registrou dois casos de transfeminicídio.
O novo boletim ‘Elas Vivem: um caminho de luta ‘, traz dados de nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança (AM, BA, CE, MA, PA, PE, PI, RJ, SP). Ao todo, foram registradas 4.181 mulheres vitimadas, representando um aumento de 12,4% em relação a 2023, quando Amazonas ainda não fazia parte deste monitoramento. O estado juntou-se à Rede em janeiro do ano seguinte.
O boletim chama a atenção ano após ano para um fenômeno muito maior do que essa amostragem, que foi normalizado pela sociedade e pelo poder público como apenas mais uma pauta social. E por isso, os números seguem aumentando, enquanto as políticas de assistência estão sendo fragilizadas.
Os dados monitorados apontaram 531 vítimas de feminicídios. Isso significa dizer que, a cada 17 horas, uma mulher morreu em razão do gênero. Os crimes foram cometidos por pessoas próximas em 75,3% dos casos, e se consideramos somente parceiros e ex-parceiros, foram 70,0%.
“Apesar de importantes avanços ao longo dos anos com a institucionalização dos mecanismos de proteção às mulheres, como as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), a Lei Maria da Penha e a tipificação do feminicídio como crime – que deveriam estar mais consolidados e dotados de melhores condições de funcionamento –, a violência contra mulheres e o feminicídio continuam sendo uma realidade alarmante em nosso país”, disse Edna Jatobá, que assina o principal texto desta edição do relatório.
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