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Amazonas

Vídeo: na ALE, Wilson Lima diz que melhorou a saúde e a segurança e é aplaudido por claque de apoiadores

Os representantes de sindicatos de funcionários públicos, que iam se manifestar contra o que chamaram de “pacote de maldades do governador”, denunciaram que foram impedidos de entrar na ALE.

O governado do Amazonas, Wilson Lima (PSC) leu, nesta terça-feira, a sua mensagem governamental anual na solenidade de abertura da 19ª Legislatura, nesta terça-feira, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE). O discurso não trouxe novidades: disse que recebeu o Estado com “grave desequilíbrio financeiro”, que melhorou a saúde, que os índices de criminalidade caíram, que está dando continuidade às obras de seus antecessores. Ele não anunciou projetos novos para o Amazonas.

O governador está administrando o Estado com o recorde histórico de arrecadação de impostos; os índices de crimes violentos vêm crescendo desde setembro do ano passado, com recorde em janeiro deste ano, e a crise no atendimento médico no Estado virou notícia nacional várias vezes nos últimos meses.

Com uma platéia praticamente exclusiva de apoiadores e que aplaudia a cada intervalo do discurso – a segurança da ALE não permitiu manifestações dos sindicatos de servidores públicos contra o governador – Wilson Lima disse que “o grave desequilíbrio financeiro” do Estado, quando assumiu a gestão, comprometia serviços essenciais. Por isso, teve que tomar “decisões duras mas necessárias”. E que, com os ajustes, o Amazonas “segue na rota certa” do “desenvolvimento responsável”., com avanço “contundente” e sua gestão tem “muito o que mostrar”, pois “priorizou os que mais necessitavam”.

Os representantes de sindicatos de funcionários públicos, que iam se manifestar contra o que chamaram de ‘pacote de maldades do governador”, denunciaram que foram impedidos de entrar na ALE. No auditório da Casa, só apoiadores que formaram uma claque ( termo que se refere a uma equipe chamada para aplaudir espetáculos em teatros e casas de ópera francesas).

Em vídeo postado na internet, a coordenadora geral do AspromSindical, que representa professores e pedagogos de Manaus, a professora Helma Sampaio, denunciou que pessoas ligadas ao governo conseguiram colocar um caminhão de som no estacionamento da Casa, para elogiar o governador, área proibida para os carros de som dos sindicatos (Sindiagente, Sindsaude, AspromSindical, Associação dos Praças da Polícia Militar, Sindicatos dos Policiais Civis)

O governador fez um balanço do primeiro ano de governo, disse que estava levando serviços básicos para a população do interior “há muito esquecida pelo poder público”, promovendo mutirões na zona norte de Manaus, reduzindo o preço de obras com o uso de mão de obra dos presos, reformando escolas e entregando Centro de Ensino de Tempo Integral, nomeando concursados de outras gestões. Falou em “ 40 anos de desacertos” e “velhas práticas” e que só vai descansar com “ mudança completa” pois “está numa batalha contra o desperdício e escassez”.

Na saúde, ele disse que melhorou a Central de Medicamentos (Cema), a distribuição de remédios no interior, reinaugrou centro cirúrgico no Hospital Delphina Aziz, em Manaus, aumentou a capacidade do Hospital Francisca Mendes, enviou uma criança cardiopata para tratamento em São Paulo, pagou a data base dos funcionários da Secretaria de Saúde (Susam e diminuiu o tempo de espera para vários tipos de consultas especializadas.

Na área de Segurança, destacou a “ prevenção do crime”e disse que houve redução dos indicadores em em 2019: 25% de latrocínios, 3,4% de estupros, 5,8% de homicídios. Os índices estão na contramão dos dados do Monitor da Violência do G1, que mostram os crimes violentos crescendo desde setembro de 2019.

O governador disse que não acabou com os problemas na saúde e na segurança e terminou o discurso dizendo que tem esperança de ver o País mudar, que vai surgir um novo Brasil e que a eleição dele significou o “novo”.

Veja o discurso.

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