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Diálogos Amazônicos: Evento que antecede Cúpula da Amazônia começa nesta sexta-feira, 4/8

Farão parte do evento representantes de entidades, movimentos sociais, acadêmicos, centros de pesquisa e agências governamentais do Brasil e de outros países amazônicos.

Começa nesta sexta-feira (4), em Belém, no Pará, o “Diálogos Amazônicos”. O evento, que vai até domingo (6), deve reunir mais de 10 mil pessoas em diferentes debates que vão embasar a criação de políticas e estratégias para a região amazônica.

Farão parte do evento representantes de entidades, movimentos sociais, acadêmicos, centros de pesquisa e agências governamentais do Brasil e de outros países amazônicos.

A proposta é que essas discussões sejam transformadas em relatórios que serão entregues aos chefes de Estado e de governo, e representantes dos 15 países participantes da Cúpula da Amazônia, que acontece entre os dias 8 e 9 também na capital paraense.

Como vai funcionar o evento?

Serão cinco debates ao longo de três dias, organizados em assembleias com até 3 mil pessoas cada;
Discussões serão transformadas em relatórios, que vão ser entregues aos chefes de Estado para Cúpula da Amazônia;
Também ocorrerão debates à parte com foco em públicos específicos e eventos organizados por movimentos sociais e entidades.

Quais os temas dos “Diálogos Amazônicos”?

Plenária 1 – Sexta (4), das 16h às 19h
Tema: “Participação e a proteção dos territórios, dos ativistas, da sociedade civil e dos povos das florestas e das águas no desenvolvimento sustentável da Amazônia. Erradicação do trabalho escravo no território”.

Participarão membros da sociedade civil e governos do Brasil – incluindo o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida –, além de Peru, Colômbia, Equador, Suriname e Bolívia.

Plenária 2 – Sábado (5), das 9h às 12h
Tema: “Saúde, soberania e segurança alimentar e nutricional na região amazônica: ações emergenciais e políticas estruturantes”.

Participarão membros da sociedade civil e governos do Brasil – incluindo os ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira –, além de Colômbia e Peru.

Plenária 3 – Sábado (5), das 17h às 20h
Tema: “Como pensar a Amazônia para o futuro a partir da ciência, tecnologia, inovação e pesquisa acadêmica, e transição energética”.

Participarão membros da sociedade civil e governos do Brasil – incluindo a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos –, além de Colômbia, Equador e Bolívia.

Plenária 4 – Domingo (6), das 9h às 12h
Tema: “Mudança do clima, agroecologia e as sociobioeconomias da Amazônia: manejo sustentável e os novos modelos de produção para o desenvolvimento regional”.

Participarão membros da sociedade civil e governos do Brasil – incluindo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva –, além de Peru e Colômbia.

Plenária 5 – Domingo (6), das 17h às 20h
Tema: “Os povos indígenas das Amazônias: um novo projeto inclusivo para a região”.

Participarão membros da sociedade civil e governos do Brasil – incluindo a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara –, Equador, Suriname, Guiana Francesa e Venezuela.

Outros debates

Além das plenárias principais, serão organizadas três plenárias transversais, com foco em “debater as situações de públicos específicos, como as mulheres, os jovens e os negros na região amazônica”, além de mais de 400 atividades auto-organizadas por movimentos sociais, entidades e outros.

O evento vai acontecer no Hangar Centro de Convenções, em Belém, no Pará – mesmo lugar da Cúpula da Amazônia, que deve receber quase uma dezena de chefes de Estado ou de governo, principalmente da América do Sul. Autoridades da Europa, da África, da Ásia e do Caribe também vão estar presentes.

Cúpula após Diálogos

Entre os dias 8 e 9 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve receber quase uma dezena de chefes de Estado ou de governo, principalmente da América do Sul, além de autoridades da Europa, da África, da Ásia e do Caribe, para a Cúpula da Amazônia.

Em comunicado, o Palácio do Planalto trata a Cúpula como “parte da retomada das políticas públicas para a região amazônica”, também com o objetivo do “fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA) e a definição de uma posição em comum pelos países em desenvolvimento que detêm reservas florestais”.

Criada em 2002, a OTCA tem oito membros: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. À exceção do equatoriano Guillermo Lasso e do surinamense Chan Santokhi, todos os demais presidentes confirmaram presença.

Foram convidados ainda três países europeus: a França, por causa das florestas na Guiana Francesa, além de Alemanha e Noruega, na condição de principais doadoras do Fundo Amazônia.

Lula chamou também três países que detêm florestas tropicais: República Democrática do Congo, República do Congo e Indonésia. Os dois presidentes africanos virão ao Brasil.

Por fim, houve convite para São Vicente e Granadinas, que exerce a presidência rotativa da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que enviará seu primeiro-ministro, Ralph Gonsalves.

O presidente da COP28, Sultan Ahmed al-Jaber, que será realizada em dezembro nos Emirados Árabes, também participa.

No dia 7 de agosto, estão marcadas reuniões de ministros do Meio Ambiente e de Relações Exteriores. No dia 8, ocorre a cúpula de líderes propriamente ditos da OTCA.

No dia 9, haverá um encontro expandido com países convidados e organismos internacionais (como a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco de Desenvolvimento da América Latina, e o Banco dos Brics).


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