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Economia

Cai a expectativa de crescimento das vendas de aparelhos eletrônicos no ano, aponta associação que representa a indústria do setor

Para mais da metade (54%) dos fabricantes de aparelhos como tevês, notebooks e smartphones, os negócios estão abaixo das expectativas.

A crise de abastecimento, que comprometeu a oferta de produtos nos últimos dois anos pela escassez de peças, ficou, em geral, para trás nas fábricas de aparelhos eletroeletrônicos. Apesar disso, as vendas estão em queda, o que provoca estoques considerados elevados, e as empresas estão mais cautelosas.

Conforme sondagem realizada pela Abinee, a associação que representa a indústria de eletroeletrônicos, o porcentual de empresas do setor que ainda confiam em crescimento das vendas neste ano, frente a 2022, caiu de 53% para 40% nos últimos três meses. Para mais da metade (54%) dos fabricantes de aparelhos como tevês, notebooks e smartphones, os negócios estão abaixo das expectativas.

Só no mês passado, as vendas caíram, frente a junho de 2022, em 46% dos fabricantes, mais do que a parcela de empresas que relatou crescimento: 28%. A consequência são estoques de produtos acabados acima do normal em 35% das fábricas. Embora o porcentual tenha recuado em relação a maio (40%), a avaliação da entidade é a de que os estoques continuam elevados.

A boa notícia é que o abastecimento de matérias-primas não está sendo mais um entrave, a ponto de uma em cada quatro fábricas ter mais componentes em estoque do que gostaria. Recuou para 28% a fatia da indústria de produtos eletroeletrônicos que segue relatando dificuldade para comprar peças e matérias-primas, menos do que o total de março (43%) e abaixo da metade do porcentual, por volta de 60%, de um ano atrás.

Em relação, especificamente, ao fornecimento de semicondutores, cuja escassez chegava a gerar atrasos ou paralisar parte da produção de metade da indústria, 39% das empresas apontam ainda dificuldades na aquisição. No primeiro semestre de 2022, o porcentual estava em 71%.

Segundo a Abinee, mesmo com o abrandamento de algumas dificuldades, as empresas do setor permanecem muito cautelosas. A insegurança, conforme a entidade, vem limitando os investimentos e paralisando os negócios.


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