Gol suspende voos diretos de Porto Velho a Manaus alegando excesso de processos judiciais

Em uma decisão que tem causado repercussões significativas, a Gol Linhas Aéreas anunciou a suspensão dos voos diretos de Porto Velho para Manaus. A companhia aérea alega que o número excessivo de processos judiciais contra ela na justiça de Rondônia é a razão por trás dessa medida.

A suspensão desses voos tem efeitos diretos e consideráveis para os passageiros. A partir de agora, os residentes de Rondônia que desejam viajar para a capital amazonense terão de fazer uma escala em Brasília. O tempo de voo, que era de 1h25, agora será de 8h50 minutos, significando um aumento de mais de sete horas na jornada.

Especialistas apontam que, em vez de melhorar os serviços para evitar ações judiciais, a empresa parece ter adotado uma estratégia que, sem dúvida, terá mais repercussões na justiça. Infelizmente, a Gol e outras companhias aéreas têm uma história de tratar seus clientes com enorme desprezo. Problemas como atrasos nos voos, abandono de passageiros em aeroportos sem assistência, extravio de bagagens, overbooking, e cancelamentos de última hora são frequentes.

Os registros indicam que as companhias aéreas não estão buscando mudar sua relação com os consumidores a fim de evitar judicialização. Pelo contrário. Diante de seus lucros elevados, as perdas em demandas judiciais parecem ser vistas como perdas aceitáveis, compensáveis dentro da margem de lucro significativa.

Nos últimos tempos, a Gol enfrentou uma quantidade significativa de processos. Entre 1 de janeiro de 2022 e 15 de julho deste ano, a empresa respondeu ou ainda responde a 4,5 mil processos.

A Gol não é a única companhia aérea a tomar medidas drásticas como essa. A Azul Linhas Aéreas também anunciou a redução de voos para Rondônia, citando um excesso de processos como razão. Assim como a Gol, a Azul parece culpar os clientes por suas perdas financeiras, em vez de se esforçar para fornecer serviços adequados, respeitosos e satisfatórios aos passageiros.