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Brasil

Velório de Zé do Caixão será realizado no Museu da Imagem e do Som, em SP

Grande nome do cinema de terror nacional morreu ontem, de broncopneumonia, aos 83 anos

O velório do grande mestre do cinema de terror brasileiro, o cineasta e ator José Mojica Marins, será realizado hoje (20), a partir das 16h, no Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo. O artista morreu ontem (19), aos 83 anos, em decorrência de uma broncopneumonia, segundo o hospital Santa Maria Maggiore, onde ele estava internado desde 28 de janeiro.

Nascido em 13 de março de 1936, em São Paulo, segundo ele, uma sexta-feira 13, José Mojica Marins se destacou no cinema brasileiro principalmente pelos seus filmes de terror, normalmente feitos com pouquíssimo orçamento e muita criatividade. Seu trabalho mais reconhecido e aclamado pela crítica é trilogia de terror, iniciada em 1964 com “À Meia-Noite Levarei sua Alma”, primeira aparição de seu personagem mais famoso, o Zé do Caixão.

O personagem, cujo nome real seria Josefel Zanatas, conhecido no exterior como Coffin Joe, era um agente funerário sádico, que vestia uma cartola e tinha unhas longas e a vontade de ser pai de uma criança perfeita e, surgiu, de acordo com Marins, após um pesadelo. A trilogia teve uma segunda parte lançada em 1967, “Esta Noite Encarnarei seu Cadáver”, mas só foi concluída em 2008, com “Encarnação do Demônio”.

Marins dirigiu 43 filmes e atuou em 64. Além do terror, gênero pelo qual foi mundialmente conhecido, Mojica também trabalhou com filmes de faroeste, drama, aventura e até pornográficos. Seu primeiro longa foi “A Sina do Aventureiro”, de 1958.

Além de filmes, Mojica também tem livros publicados e foi apresentador de TV. Na TV Bandeirantes, ele apresentou o Cine Trash e, no Canal Brasil, o programa Estranho Mundo de Zé do Caixão.

O cineasta também conquistou reconhecimento internacional, inclusive do público e da crítica dos Estados Unidos.


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