Economia
Dólar volta a bater R$ 4,35 e tem novo recorde de fechamento
A moeda dos EUA foi negociada nesta terça-feira a R$ 4,3568, uma alta de 0,64%. Na máxima da sessão, dólar chegou a R$ 4,3613.
O dólar fechou em alta nesta terça-feira (18), voltando a bater R$ 4,35, acompanhando o movimento de valorização de moedas seguras no exterior, em meio a temores sobre o impacto econômico do surto de coronavírus.
No encerramento da sessão, a moeda norte-americana subiu 0,64%, a R$ 4,3568, renovando, assim, recorde de fechamento. Antes disso, a maior cotação havia ocorrido na quarta-feira (12), quando o dólar chegou a R$ 4,3505. Na máxima da sessão, a divisa chegou a R$ 4,3613. Já o dólar turismo fechou a R$ 4,55, sem considerar a cobrança de IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras).
Na parcial do mês, a moeda norte-americana tem alta de 1,68%. No ano, já subiu 8,65%.
A elevação da moeda foi impulsionada pelos temores em relação à disseminação do coronavírus voltaram. O tema voltou ao radar dos agentes financeiros, após o alerta da Apple de que não conseguirá cumprir as metas de receita no período entre janeiro e março por causa da doença.
Já os preços do petróleo recuavam pós ter subido nas cinco sessões anteriores, com o Brent caindo abaixo de US$ 57 por barril.
Além das preocupações sobre o impacto do coronavírus na economia global, o dólar mais valorizado nas últimas semanas também tem refletido os juros em mínimas históricas no Brasil e as perspectivas sobre o ritmo de crescimento da economia brasileira em 2020.
“No início do ano, havia otimismo e as previsões para o crescimento econômico do Brasil eram superiores a 2%. À medida que o ano começou a avançar, as previsões tiveram de ser reduzidas significativamente”, disse à Reuters You-Na Park-Heger, estrategista de câmbio do Commerzbank. Para ela, o mercado continuará focado nos dados nas próximas semanas e os indicadores “precisariam ser muito positivos para conter a especulação sobre mais flexibilização monetária”.
A redução sucessiva da Selic desde julho de 2019 diminuiu o diferencial de juros entre Brasil e outros pares emergentes, o que pode tornar o investimento no país menos atrativo para estrangeiros e gerar um fluxo de saída de dólar. Isso elevaria a cotação da moeda.
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