Amazonas
Conselho da Amazônia atuará baseado em proteção, preservação e desenvolvimento, diz Mourão
Mourão afirmou que a intenção do presidente Jair República ao reativar o conselho foi de integrar esforços, aprimorar a comunicação e trazer unidade e maior controle sobre as ações desempenhadas pelos entes federais na região.
O vice-presidente da República Hamilton Mourão disse, em Manaus, nesta segunda-feira, que o Conselho da Amazônia atuará baseado em três vetores – proteção, preservação e desenvolvimento – e que, no tocante ao desenvolvimento sustentável da região, uma das iniciativas será fomentar a bioeconomia e buscar novas possibilidades de desenvolvimento que tenham respeito irrestrito à preservação dos recursos naturais, dentro dos limites estipulados pela legislação nacional. Mourão, visitou o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA).
“Temos desafios como a questão do zoneamento econômico ecológico e do ordenamento territorial, para garantir maior liberdade ao empreendedorismo. Existe também um excesso de regulamentação que termina por não atrair os empresários, uma infraestrutura deficiente de portos, aeroportos. Então temos que melhorar essas questões”, citou Mourão. “Mas não vamos fugir em nenhum momento da preservação da floresta. Temos que preservar e reflorestar também parte daquilo que foi degradado. Nesse mesmo lugar em que estamos, o CBA, existem pessoas que pesquisam isso, como espécies nativas podem trazer ganhos nesse aspecto”, ressaltou. “A bioeconomia ainda está muito no terreno da fantasia. Temos que trazer para a realidade, de modo que a região amazônica ganhe espaço e ao mesmo tempo mantenha em pé a floresta que é o seu maior marco”, complementou.
Mourão afirmou que a intenção do presidente Jair República ao reativar o conselho – o qual foi criado em 1995, mas que nunca chegou a se reunir – foi de integrar esforços, aprimorar a comunicação e trazer unidade e maior controle sobre as ações desempenhadas pelos entes federais na região. “O Conselho buscará agir dessa forma porque os problemas aqui, em uma região com essas dimensões, são complexos, não envolvem uma só entidade ou ministério. Minha responsabilidade enquanto líder do Conselho será conciliar todos os interesses de modo que o governo federal aja num sentido único e com resultados positivos para a região”, destacou Mourão.
Ele disse também que, neste primeiro momento, está buscando conversar de forma individual com governadores da região e com cada ministério envolvido no Conselho para conhecer as ações e os projetos desempenhados afetos à Amazônia. A reunião desta segunda-feira com a equipe técnica da Suframa – Autarquia vinculada ao Ministério da Economia que é responsável pela administração do modelo de desenvolvimento regional Zona Franca de Manaus – e a visita ao CBA são exemplos desse trabalho de diagnóstico e prospecção de ações.
“Uma vez concluída essa etapa, minha equipe vai traçar um planejamento e convocar novamente os integrantes do Conselho, os governadores, para perguntarmos se está bom e poder partir para a execução. É importante compreender que ninguém está excluído. Iremos conversar e trocar ideias, buscar a sintonia fina entre os diversos envolvidos e fazer os ajustes dentro que é melhor para a região. Não é de Brasília que vamos estabelecer uma política sem conversar com quem está no terreno. A grande tarefa é exatamente isso: conectar-se com a realidade e não fazer as coisas do papel. Nós vamos fazer o Conselho funcionar”, projetou.
Mourão mencionou a importância de aprimorar a comunicação tanto em nível nacional quanto em nível internacional sobre a Amazônia, mediante a projeção de uma imagem que seja mais fiel à sua realidade e aos seus desafios e que não fique marcada somente pelo noticiário negativo na temática ambiental. “Temos que avançar na comunicação, ir ao resto do mundo e mostrar o que é a Amazônia, para que as pessoas não se balizem única e exclusivamente por uma foto de uma mata em chamas e entendam a complexidade do que está aqui dentro. Nós temos um futuro promissor, mas, claro, com a nossa floresta sendo preservada”, finalizou.
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