Amazonas
Cresce a taxa de informalidade dos trabalhadores no Amazonas, informa pesquisa do IBGE
O indicador refere-se à soma dos trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.
A taxa de informalidade no Amazonas cresceu de 54,9%, em 2018, para 57,6%, em 2019, segundo divulgou nesta sexta-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador refere-se à soma dos trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, a taxa de desemprego se manteve praticamente estável com relação ao trimestre anterior. No terceiro trimestre foi de 13,3% e ficou em 12,9% no quarto trimestre, uma variação de 0,4%.
No quarto trimestre de 2019, o Estado registrou 34,6% da população de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado.
A taxa de informalidade no Estado, no quarto trimestre de 2019, ficou bem acima da média anual brasileira de informalidade: 41,1% da população ocupada, o maior nível desde 2016, que também foi recorde em 19 estados e no Distrito Federal. Mais de um terço (32,6%) da população ocupada do Amazonas, em 2019, trabalhava por conta própria, o terceiro maior percentual entre os Estados brasileiros, atrás apenas Amapá (37,3%), Pará (35,9%) e Maranhão (32,7%).
A taxa média de desemprego no Brasil ficou em 11,9% em 2019, conforme já tinha sido divulgado anteriormente pelo IBGE. No trimestre encerrado em dezembro, a taxa de desocupação ficou em 11%, atingindo 11,6 milhões de pessoas, com redução do desemprego em 9 das 27 unidades da federação.
As maiores taxas foram observadas na Bahia (16,4%), Amapá (15,6%), Sergipe e Roraima (14,8%) e as menores em Santa Catarina (5,3%), Mato Grosso (6,4%) e Mato Grosso do Sul (6,5%).
Já a população ocupada somou 93,3 milhões de brasileiros em 2019, contra 91,5 milhões em 2018.
“Mesmo com a queda no desemprego, em vários estados a gente observa que a taxa de informalidade é superior ao crescimento da população ocupada. No Brasil, do acréscimo de 1,819 milhão de pessoas ocupadas, um milhão é de pessoas na condição de trabalhador informal… Em praticamente todo o país, quem tem sustentado o crescimento da ocupação é a informalidade”, observou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
O número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) ficou estável em 4,6 milhões de pessoas no 4º trimestre. O maior contingente estava na Bahia (774 mil), que respondia por 16,8% do contingente nacional.
Já a taxa média anual de subutilização (pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou subaproveitadas pelo mercado) ficou em 24,2% em 2019, pouco menor que a de 2018 (24,3%).
“Em termos estruturais do mercado de trabalho, 2019 é um ano importante porque é o terceiro ano em que se observa uma melhora quantitativa, mas mesmo assim ainda observamos que indicadores ligados à qualidade do trabalho que precisam melhorar”, avaliou a pesquisadora do IBGE.
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