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Guaidó anuncia volta à Venezuela e pede retomada de mobilizações contra Maduro

Em vídeo, líder da oposição diz que vários chefes de Estado apoiam “uma série de ações e medidas concretas para alcançar a liberdade da Venezuela”

O líder da oposição e presidente do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou hoje (11) que voltará em breve ao país e pediu aos venezuelanos que retomem as mobilizações para derrotar o governo do presidente Nicolás Maduro.

“Temos o apoio e o respeito do mundo. Agora toca-nos a tarefa mais poderosa e fundamental, a que nos trouxe aqui, a de nos unirmos para que, de uma vez por todas, possamos dizer, com força, que a virtude, a honra e a liberdade cobrem a Venezuela” disse.

O anúncio foi feito em um vídeo divulgado em Caracas.  Guaidó estará encerrando viagem iniciada em 19 de janeiro e que incluiu a Colômbia, Inglaterra, Suíça, Espanha, o Canadá, a França e os Estados Unidos, onde se reuniu com governantes, inclusive com o presidente norte-americano, Donald Trump.

“Regresso à minha pátria com afeto, com o compromisso dos nossos aliados, com ações e medidas que vão ser executadas e com o apelo ao nosso povo para reativar a luta e a mobilização popular”, afirmou o líder da oposição.

Ele disse que assume o seu “papel e responsabilidade, com todos os riscos que envolve” e chamou os venezuelanos também a serem “protagonistas da libertação da Venezuela”, acrescentando que é preciso estarem unidos.

Segundo Juan Guaidó, a ditadura é um perigo para todos no planeta. “É por isso que os nossos aliados estão dispostos a aumentar a pressão até o nível máximo necessário”, destacou.

Segundo ele, o ano de 2019 deu “recursos, mas também lições que serviram para renovar e consolidar” a estratégia da oposição.

“A solução só ocorrerá quando conseguirmos, com muita pressão, eleições presidenciais realmente livres. Para isso, temos o apoio e o consenso do mundo, das principais potências que se comprometeram a não reconhecer qualquer fraude que a ditadura tente, como fizeram em 20 de maio de 2018”.

No vídeo, Juan Guaidó diz que os chefes de Estado e de Governo de Inglaterra, Alemanha, França, Colômbia, Canadá, Grécia, Indústria, Holanda e Estados Unidos apoiam “uma série de ações e medidas concretas para alcançar a liberdade da Venezuela e acabar com o sofrimento” dos venezuelanos.

Diz ainda estar disposto a fazer tudo o que for necessário para alcançar os objetivos e que regressará ao país com a profunda convicção de que a Venezuela será livre e que poderá deixar de lado a ditadura, a destruição e a dor que ela trouxe.

A crise venezuelana agravou-se desde janeiro de 2019, quando Guaidó jurou publicamente assumir as funções de presidente interino da Venezuela até conseguir afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres no país.

Os Estados Unidos foram o primeiro de mais de 50 países que manifestaram apoio a Juan Guaidó.


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