Xi Jinping diz a Trump que China vai combater epidemia sem afetar economia

O presidente da China, Xi Jinping assegurou ao presidente dos EUA, Donald Trump, que o país tem feito todos os esforços para combater o novo coronavírus e que acredita que combaterá a epidemia sem afetar a economia a longo prazo. A conversa aconteceu na manhã desta sexta-feira, por telefone, segundo a agência estatal chinesa Xinhua.
O contato foi realizado no dia em que a China confimou a morte do médico Li Wenliang, de 34 anos, que alertou para um surto de coronavírus antes de ele ser reconhecido oficialmente, o que gerou manifestações públicas de luto e expressões raras de revolta contra o governo na internet.
No telefonema, Xi afirmou que passou informações sobre o vírus para a Organização Mundial de Saúde (OMS) e para outros países, como os EUA. A agência estatal também comunicou que o presidente chinês agradeceu os suprimentos doados por diversos setores da sociedade americana e disse que a China espera que os EUA “avaliem a epidemia de uma maneira tranquila e adotem e ajustem suas medidas de resposta de um modo razoável”.
Segundo a Xinhua, Trump respondeu que os EUA “apoiam totalmente” a luta da China contra a epidemia do novo coronavírus e estão dispostos a enviar especialistas ao país.
Lembrando que a China e os EUA assinaram o acordo econômico e comercial de primeira fase há pouco tempo, Xi enfatizou que isso é bom para a China, para os EUA e para a paz e a prosperidade do mundo que os dois países atinjam tal acordo.
Trump disse que os EUA estão dispostos a trabalhar com a China para implementar o acordo e impulsionar as relações bilaterais.
O contato foi realizado no dia em que a China confimou a morte do médico Li Wenliang, de 34 anos, que alertou para um surto de coronavírus antes de ele ser reconhecido oficialmente, o que gerou manifestações públicas de luto e expressões raras de revolta contra o governo na internet.
Revolta por morte
O médico Li WenliangLi foi uma das oito pessoas repreendidas pela polícia da cidade de Wuhan, na província de Hubei, por disseminar informações “ilegais e falsas” a respeito de um novo coronavírus “semelhante à síndrome respiratória aguda grave (Sars)”. Ele foi forçado a assinar uma carta em 3 de janeiro dizendo que “perturbou seriamente a ordem social” e ameaçado de ser processado.
“Lamentamos profundamente a morte do médico de Wuhan Li Wenliang… após um resgate em que se tentou de tudo, Li faleceu”, disse o Diário do Povo do Partido Comunista governante no Twitter.