Amazonas
Em Manaus, ministro do MMA defende bioeconomia como vetor complementar à Zona Franca
Declaração foi dada durante agenda oficial do ministro Ricardo Salles à Manaus, iniciada com visita ao Centro de Biotecnologia da Amazônia.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve, nesta sexta-feira (31), no Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), para conhecer a estrutura e as ações do novo planejamento que a Suframa vem desenvolvendo para o Centro, com vistas a fomentar a bioeconomia na região. Na ocasião, Salles e sua comitiva foram recebidos pelo superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Alfredo Menezes, pelo governador do Amazonas, Wilson Lima, e pelo membro titular da Autarquia no Grupo de Gestão do CBA, Fábio Calderaro. Participaram, ainda, os deputados federais Sidney Leite e Delegado Pablo Oliva.
Salles iniciou, sexta-feira, uma viagem de três dias com o ministro de Meio Ambiente dos Estados Unidos e um dos pilares da visita é justamente a bioeconomia – foco do CBA -, que está dentro dos quatro eixos da política de preservação da Amazônia, junto ao zoneamento econômico ecológico, regularização fundiária e pagamento por serviços ambientais.
Durante entrevista, Salles destacou a importância do Polo Industrial de Manaus (PIM) para a preservação ambiental na região. “Como disse o ministro Paulo Guedes, o pior inimigo do meio ambiente é a pobreza e a geração dos empregos do Polo Industrial é um dos instrumentos para combater essa pobreza, para gerar oportunidade de emprego e renda, e nós temos que apoiar e avançar ainda mais na bioeconomia”, disse. “Queremos complementar aquilo já vem sendo feito, então manter os investimentos, manter toda a atividade que já está sendo desenvolvida, mas avançar nessa agenda da bioeconomia, que tem um potencial muito grande nacionalmente e internacionalmente”, ressaltou.
Segundo o ministro, a Amazônia é a região do Brasil com maior riqueza natural, mas possui baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) devido a uma incapacidade no passado de transformar a riqueza da biodiversidade em efetivamente ganho para a população e desenvolvimento sustentável. “O CBA renasce agora sob o comando do Ministério da Economia, um trabalho de dedicação da equipe do Paulo Guedes para realmente fazer avançar essa importante pauta da bioeconomia. O CBA tem tudo para receber investimentos de empresas ligadas ao setor de cosméticos, farmacêutico, transformação de alimentos, uma série de pesquisas relacionadas a biodiversidade da Amazônia e que uma vez devidamente pesquisadas e transformadas em produto, trará, não só conservação da floresta o desenvolvimento sustentável, mas uma melhoria substancial da qualidade de vida das pessoas”, afirmou.
Salles destacou que a viagem é fundamental para a continuidade da politica de preservação da Amazônia. “Nós não podemos esquecer que essa é a região com maior riqueza natural, mas onde temos os piores índices de desenvolvimento humano. E isso se deve a uma incapacidade que se teve no passado de transformar essa riqueza em renda para as pessoas e melhoria na qualidade de vida dos que moram aqui”, afirmou.
Outro passo dado diz respeito a criação da Secretaria da Amazônia, que trabalhará junto com o Conselho da Amazônia, com base nos quatro eixos prioritários: regularização fundiária, zoneamento econômico-ecológico, Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e bioeconomia. “Um trabalho inovador e revolucionário para a conservação da floresta.”
O governador do Amazonas, Wilson Lima, falou da importância da presença do representante do Ministério do Meio Ambiente na capital do estado durante esses dias. “Reforça o compromisso que o Ricardo Salles tem com a região, sobretudo com as políticas de desenvolvimento sustentáveis e a questão de bioeconomia”, disse Lima.
Neste sábado (01), Ricardo Salles segue a agenda de compromissos em Manaus, desta vez, também acompanhado do administrador da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos, Andrew Wheeler.
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