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Economia

Com coronavírus, dólar fecha a R$ 4,28 e atinge maior valor da história

Em todo o mundo, investidores se preocuparam com as consequências do surto de coronavírus para o crescimento da segunda maior economia do mundo, o que tem impulsionado o dólar.

O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (31) e alcançou o maior valor nominal (sem considerar a inflação) da história, de olho nos desdobramentos dos riscos relacionados ao coronavírus e seu possível impacto econômico na China.

A moeda norte-americana subiu 0,65%, vendida a R$ 4,2850. Veja mais cotações. Na máxima do dia, o dólar atingiu R$ 4,2863.

Na semana, o dólar acumulou alta de 2,42%. Em janeiro, subiu 6,86%.

O recorde anterior foi alcançado no dia 27 de novembro do ano passado, quando o dólar fechou a R$ 4,2584.

Em todo o mundo, investidores se preocuparam com as consequências do surto de coronavírus para o crescimento da segunda maior economia do mundo, o que tem impulsionado o dólar.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira que a epidemia de coronavírus na China agora constitui uma emergência de saúde pública de interesse internacional. O número de mortos pelo vírus já passa de 200 em 21 países. A China continua sendo o mais afetado.

O receio do mercado é que o surto afete a demanda dos consumidores e tenha impactos mais diretos e abrangentes sobre a atividade econômica, uma vez que o mercado tem na memória a epidemia de SARS de 2002 a 2003, também na China.

Os mercados emergentes, como o Brasil, sofrem mais porque são grandes exportadores de commodities, principalmente minério de ferro. Com a expectativa de revisão para baixo da demanda chinesa por esses produtos, a perspectiva é de que entre menos dólar nesses países, e por isso a procura pela moeda aumenta, e o preço sobe”, explicou Fabrizio Velloni, chefe da mesa de câmbio da Frente Corretora.

Segundo Velloni, caso o cenário na China fique mais positivo em função de algum fato novo, como uma possível vacina para o vírus, o câmbio pode rapidamente voltar a um patamar mais baixo. “Em momentos de crise o pessoal precifica muito mais alto. E depois o mercado volta à racionalidade”, afirmou.


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