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Manaus

Samu de Manaus demora mais do que o recomendado para atender casos graves

A Prefeitura de Manaus informou que faltam ambulâncias e que no segundo semestre deste ano foram entregues 27 novos veículos. A retenção de macas em hospitais também é um dos problemas enfrentados.

Entre janeiro e junho de 2019, o tempo médio de espera do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para pacientes graves foi de 20 minutos em Manaus, muito maior do que os 10 minutos recomendados, de acordo com a Associação Brasileira de Resgate e Salvamento.

As informações são de um levantamento da TV Globo, feito via Lei de Acesso à Informação (LAI), em cinco capitais. O tempo médio variou entre 15 minutos e 38 minutos. O Samu foi adotado em 2004 para tentar atender pacientes de forma mais eficiente e rápida, sem deixar sequelas e causar mortes desnecessárias. O serviço passou a ser expandido e, atualmente, está presente em 3,6 mil municípios, com uma cobertura de 83% da população.

A Prefeitura de Manaus afirmou que faltam ambulâncias e que no segundo semestre deste ano foram entregues 27 novos veículos, o que deve agilizar o atendimento. A assessoria de comunicação também respondeu que a retenção de macas em hospitais é outro problema que é enfrentado.

Para fazer o levantamento, a TV Globo acionou as prefeituras de todas as capitais brasileiras via LAI ou pela assessoria de imprensa, e pediu o tempo médio de atendimento para os casos considerados de alta gravidade no período de janeiro a junho de 2019.

Das 27 capitais, apenas Campo Grande, Fortaleza, João Pessoa, Manaus e São Paulo enviaram os dados respectivos a esses casos. Brasília e Porto Alegre informaram apenas o tempo médio de socorro para todos os casos atendimentos, independentemente da gravidade. No Rio de Janeiro, a assessoria de imprensa da Prefeitura afirmou que o serviço do Samu não é ligado ao governo municipal, mas sim ao Corpo de Bombeiros.

As demais capitais não responderam ao pedido da reportagem.

Tempo médio de atendimento:

João Pessoa: 38 minutos
São Paulo: 28 minutos
Campo Grande: 22 minutos
Manaus: 20 minutos
Fortaleza: 15 minutos

Segundo Edison Teixeira, presidente da Associação Brasileira de Resgate e Salvamento, o padrão definido como o ideal seria que as ambulâncias levassem menos de dez minutos entre o período em que os atendentes recebem a ligação até a chegada do socorro aos pacientes.

“São estudos feitos no mundo inteiro e que demonstram que aqueles pacientes graves se beneficiam quando os primeiros socorros são realizados rapidamente”, explicou ele.

O atendimento é financiado por governo federal, estados e municípios. Os repasses da União correspondem a 50% do orçamento do Samu. Os valores cresceram entre 2004 e 2015, tiveram uma queda em 2016 e têm se mantido estáveis nos últimos anos.


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