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Amazonas

INPE mostra que Amazonas teve aumento de 447,9% nos focos de incêndio entre julho e agosto deste ano

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 31.513 focos de incêndio na Amazônia via satélite nos primeiros 30 dias deste mês.

A média de focos de incêndios na floresta do estado do Amazonas aumentou em 447,9% no comparativo entre os meses de julho e agosto deste ano. As informações foram publicadas nesta quarta-feira, 31/8 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que monitora os focos de incêndio na região Amazônica via satélite.

De acordo com os gráficos, em julho de 2022, a média foi de 1.428 focos, chegando à máxima de 2.119 registros. Em agosto, os números indicam que o Amazonas chegou a uma máxima de 8.588 ocorrências de queimas. A média ficou em 7.825 focos de queima detectados pelos sensores.

No comparativo do mês de agosto entre os anos de 2021 e 2022, o número de focos de incêndio no Amazonas apresentou uma queda de 8,8%, de acordo com dados do INPE. Em agosto de 2021, foram registrados 8.588 focos; em 2022 os satélites detectaram  7.825 queimas.

Amazônia com dados disparados

Os incêndios na Amazônia brasileira dispararam em agosto para o maior número desde 2010, segundo dados do governo publicados nesta quarta-feira, ultrapassando o número de focos de incêndio em agosto de 2019 que atraiu as atenções do mundo todo no início do governo do presidente Jair Bolsonaro. As informações são do site Época.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 31.513 focos de incêndio na Amazônia via satélite nos primeiros 30 dias deste mês, marcando o pior agosto desde 2010, quando os focos ativos totalizaram 45.018 no mês inteiro.

A maioria dos alertas de incêndio na Amazônia emitidos pelo Inpe em um ano normal acontecem entre agosto e setembro – período que é considerado de queimadas na região, quando a quantidade de chuvas diminui e permite que posseiros e fazendeiros queimem áreas desmatadas.

Até o penúltimo dia do mês, os incêndios em agosto já haviam avançado 12,3% em relação a agosto de 2021, ficando cerca de 20% acima da média para o mês na série histórica do Inpe desde 1998.

A alta é registrada pouco mais de um mês antes da eleição presidencial de outubro, na qual os principais candidatos destoam sobre a destruição da floresta amazônica.

O líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), promete proteções mais rígidas na Amazônia e critica Bolsonaro por ter deixado o desmatamento no bioma atingir a máxima dos últimos 15 anos.

Especialistas culpam Bolsonaro (PL) por retrocessos em proteções ambientais no Brasil, abrindo caminho para que madeireiros e grileiros aumentassem o desmatamento ilegalmente na Amazônia desde o início de seu governo em 2019.

Procurados para comentar o assunto, o Palácio do Planalto e o Ministério do Meio Ambiente não responderam de imediato aos pedidos da Reuters.

Dados preliminares mostram que o desmatamento na Amazônia brasileira nos primeiros sete meses do ano totalizou uma área cerca de sete vezes o tamanho da cidade de Nova York – o maior para o período em pelo menos seis anos.


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