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Economia

Abraciclo: produção de motos deve ter crescimento de 6,6% em 2019 e 6,3% em 2020

Na avaliação da entidade, a maior oferta de crédito pode levar o mercado a uma expansão de 6,5% no próximo ano, com a venda de 1.140.000 unidade

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo revisou as projeções para 2019. Esta é a segunda vez que a entidade atualiza suas expectativas, graças à retomada do setor. A nova estimativa para produção total de 2019 é de 1.105.000 unidades, correspondendo a uma alta de 6,6% na comparação com o volume produzido em 2018 (1.036.788 unidades). A projeção anterior, apresentada em abril, apontava 1.100.000 unidades para o presente ano.

Também foram revistos para cima os volumes de vendas ao atacado e no varejo. No atacado a nova expectativa é de aumento de 11,8%, saltando das 957.764 motocicletas repassadas das fábricas para as concessionárias em 2018 para 1.071.000 unidades até o final deste ano. A estimativa anterior era de 1.060.000 motocicletas.

No varejo, a nova projeção é 1.070.000 motocicletas emplacadas neste ano, representando um aumento de 13,8% ante as 940.108 unidades licenciadas no ano passado. A estimativa anterior era de 1.020.000 unidades.

A associação também revisou os dados referentes às exportações. O novo levantamento estima embarque de 34.000 motocicletas, significando um recuo de 40,5% ante as 57.131 unidades registradas em 2018. Em abril a expectativa era de 40.000 unidades.

De acordo com Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, o desempenho positivo do mercado interno foi a principal razão para a revisão das projeções para este ano. “A maior oferta de crédito, com taxas de juros mais atrativas e novos players, como os bancos digitais, aumentou o interesse do consumidor pela aquisição um modelo 0 km. Esse quadro também foi estimulado pela apresentação de novos modelos no mercado, mais modernos, com novos recursos tecnológicos e design renovado.”

Fermanian acrescenta que “ainda contribuiu para esta alta a procura pelos consumidores por alternativas para a mobilidade urbana, com preferência por modos de locomoção de maior rapidez nas grandes cidades. A motocicleta traz grandes vantagens neste quesito, além de menores custos com combustível e manutenção.”

Projeção

A curva de crescimento apresentada durante todo o ano de 2019 deve se repetir no próximo ano. De acordo com as estimativas apresentadas pela Abraciclo, a produção em 2020 deverá alcançar 1.175.000 motocicletas, correspondendo a uma alta de 6,3% ante as 1.105.000 unidades projetadas para este ano.

O repasse de motocicletas das fábricas para as concessionárias deve somar 1.145.000 unidades, aumento de 6,9% em relação às 1.071.000 unidades que deverão ser vendidas no atacado em 2019. No varejo, a expectativa é de aumento de 6,5%, passando de 1.070.000 para 1.140.000 unidades em 2020.

As exportações deverão continuar em queda. Os embarques deverão somar em 2020, segundo a Abraciclo, 30.000 unidades, representando uma queda de 11,8% na comparação com as 34.000 unidades esperadas para o presente ano.

No quadro geral, Marcos Fermanian avalia que “desde o ano passado o setor de motocicletas dá sinais concretos de recuperação. Ela começou em 2018, se consolidou em 2019 e deve seguir em 2020. Porém ainda estamos longe de alcançar o patamar de 2011, quando ultrapassamos o volume de dois milhões de unidades produzidas”.

OUEm outubro, as fabricantes do Polo Industrial de Manaus produziram 109.118 motocicletas, significando um aumento de 7,9% em relação ao mesmo mês de 2018 (101.089 unidades) e de 17,5% na comparação com setembro (92.894 unidades).

No acumulado do ano foram fabricadas 945.568 motocicletas, volume 7,6% superior ao registrado no mesmo período de 2018 (878.868 unidades).

Atacado

As fabricantes repassaram para as concessionárias 102.545 motocicletas em outubro, representando um crescimento de 11,5% ante as 91.957 unidades registradas no mesmo mês do ano passado. Na comparação com o mês anterior, a alta foi de 7,6% (95.282 unidades).

De janeiro a outubro, as vendas no atacado somaram 918.609 motocicletas, correspondendo a um aumento de 14,3% em relação ao mesmo período de 2018 (803.601 unidades).

De acordo com análise da Abraciclo do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), em outubro foram licenciadas 98.338 motocicletas, resultando em alta de 18% na comparação com o mesmo mês do ano passado (83.325 unidades) e de 12,1% em relação setembro (87.719).

Com 23 dias úteis, a média diária de vendas em outubro foi de 4.276 unidades. Esse volume representa o melhor desempenho para o mês de outubro desde 2014 (5.231 unidades diárias, com 23 dias úteis).

Ainda segundo análise dos dados do Renavam, na comparação com o mesmo mês do ano passado houve um crescimento de 12,9% (3.788 unidades/dia, com 22 dias úteis). Em relação a setembro, a alta foi de 2,4% (4.177 unidades/dia, com 21 dias úteis).

No acumulado do ano foram emplacadas 894.764 motocicletas, significando uma alta de 14,8% ante as 779.253 unidades registradas no mesmo período do ano passado.

Exportações

As exportações em outubro somaram 3.148 unidades, correspondendo a uma queda de 27,8% na comparação com o mesmo mês de 2018 (4.360 unidades) e aumento de 31,7% em relação a setembro (2.390 unidades). No acumulado do ano foram exportadas 32.284 motocicletas, o que representa um recuo de 47,5% em relação às 61.491 unidades exportadas no mesmo período de 2018.

Em outubro, a Argentina manteve o posto de principal destino das motocicletas produzidas no PIM. De acordo com dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os volumes de embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, foram embarcadas 780 unidades, o que representa 44,3% do volume exportado. Depois vieram Colômbia (408 unidades e 23,2% de participação) e Estados Unidos (251 unidades e 14,3%).

A Argentina também lidera o ranking dos países que mais recebem motocicletas fabricadas em Manaus em 2019. Até outubro foram embarcadas 15.054 unidades, o que corresponde a 47,1% do volume exportado. Os Estados Unidos ficam em segundo lugar (6.132 unidades e 19,2% de participação), seguidos pela Colômbia (4.429 unidades e 13,8%).

Categoria

A categoria mais vendida em outubro foi a Street, com 52.052 unidades e 50,8% de participação. O segundo lugar do ranking ficou com a Trail (18.396 unidades e 17,9%), seguida por Motoneta (16.839 unidades e 16,4%), Scooter (8.407 unidades e 8,2%) e Naked (2.203 unidades e 2,1% de participação).

No acumulado do ano as posições no ranking se mantêm: Street (458.578 unidades e 49,9% de participação), Trail (181.549 unidades e 19,8%), Motoneta (138.780 unidades e 15,1%), Scooter (78.904 unidades e 8,6%) e Naked (21.098 unidades e 2,3%).


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