Amazonas
Pressionado pelos professores, governo do Amazonas anuncia progressão vertical; faltam data base e progressão horizontal
Governador também anunciou a abertura de 15 mil vagas para que cursos de pós-gradução de professores na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a contratação de mais 400 profissionais.
Em ano eleitoral e pressionado pelos sindicatos de trabalhadores da educação, o governador do Amazonas, Wilson Lima (UB) anunciou nesta segunda-feira (04/04), que determinou o pagamento da progressão vertical dos profissionais da área, que investiram em formação, mestrados ou doutorados. Os sindicatos ainda aguardam respostas sobre a progressão horizontal (como tempo de serviço) e o pagamento da data base de 2022.
Progressão é a mudança do servidor da referência em que se encontra para a imediatamente superior. Quando a mudança ocorrer dentro da mesma classe, denomina-se progressão horizontal e quando implicar mudança de classe, denomina-se progressão vertical.
De acordo com o governador, o pagamento das progressões verticais, a partir de abril, a 2.097 profissionais variam de 12,5% a 55%. Ele também anunciou a abertura de 15 mil vagas para que cursos de pós-gradução de professores na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a contratação de mais 400 profissionais.
Data base
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sintem), Ana Cristina Rodrigues, disse que termina nesta terça-feira o prazo para o governador enviar à Assembleia Legislativa a emenda com o texto o reajuste salarial da data base deste ano, em 1 de março.
Ela disse que a progressão vertical vem sendo reivindicada há quase dois anos e que os trabalhadores continuarão lutando pela data base, “que já é pouco frente ao aumento da cesta básica no estado”. “É preciso que ele (governador) ponha a mão na consciência e cumpra a lei. Tem que pagar até dia 5 . Não é favor, é cumprimento da lei”, afirmou.
O coordenador de Comunicação do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (AspromSindical), Lambert Melo, disse que a data limite da legislação eleitoral, que impede que impede aumento real de salário. Segundo ele, tudo indica que o governo não dará a reposição nem aumento real, pois nesta terça-feira (05/04), entra em vigor a proibição.
“Fizemos tudo que o sindicato podia fazer para tentar o diálogo, buscamos ser recebidos pelo governador e fomos ignorados. Amanhã vamos dar entrada na Justiça, com pedido de liminar, para que o governador cumpra a lei e mande o projeto para a Assembleia com o percentual do nosso reajuste salarial. Também vamos definir uma data para Assembleia e saber o que a categoria deseja fazer”, disse.
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