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Amazonas

Cirurgias de fissuras labiopalatinas estão suspensas no Hospital Infantil Dr. Fajardo, diz site

Pais de crianças com fissuras labiopalatinas promovem campanha nas redes sociais por retomada de cirurgias

Pais de crianças com fissuras labiopalatinas fazem apelo por retomada de cirurgias no Amazonas – Foto: Divulgação/SES

As cirurgias e tratamento em crianças com fissuras labiopalatinas estão com serviços suspensos para esta especialidade desde janeiro no Hospital Infantil Dr. Fajardo, em Manaus. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-AM), os serviços realizados lá eram feitos de forma voluntária somente até dezembro de 2021. As informações são do G1.

A Secretaria afirmou à reportagem que o processo de contratação do serviço e implantação da carteira na unidade está em andamento. Não foi informado qual o prazo para conclusão do processo e início dos atendimentos.

Há quatro anos, a autônoma Thaís Ferreira da Silva descobriu que a filha nasceu com uma fissura labiopalatina e precisaria de tratamento no hospital de referência. Com a suspensão, pais de crianças com fissuras nos lábios afirmam que ficaram desassistidos e iniciaram uma campanha nas redes sociais, pedindo o retorno do atendimento. “A demanda de crianças fissuradas é grande. Minha filha faz tratamento fonoaudiólogo semanal. Só no período da tarde, em que ela era atendida, são cerca de 30 crianças. Fora aquelas que vem do interior”, disse ao G1, a autônoma Thaís.

Thaís disse que o tratamento essencial para o desenvolvimento da filha, que na ausência de profissionais na unidade vai precisar procurar outras alternativas. “A cirurgia é importantíssima para a qualidade de vida de uma criança fissurada. A criança com fissura não consegue se alimentar direito, falar, então faz a diferença. Se eu não tivesse tido o acompanhamento de profissionais desde o início como seria? Tudo estaria mais difícil”, explica.

Andréia Sena, que tem uma filha de 6 anos, informou que ao chegar no hospital para o atendimento de rotina, em janeiro, não conseguiu agendar o retorno.

Conversando com profissionais da unidade, Andréia não conseguiu explicações. Soube somente que os atendimentos estavam suspensos e foi orientada por funcionários a procurar até o Ministério Público para pedir providências.

“Ficamos sem informações. Eu procurei várias pessoas na unidade e ninguém nos orientou direito sobre o que a gente deveria fazer. Estamos sem respostas e precisamos desse serviço. Não é só cirurgia, são outros profissionais como fonoaudiólogos, por exemplo”, ressalta.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) afirma que o processo de contratação do serviço e implantação da carteira na unidade está em andamento. A pasta esclarece também que não houve atraso de pagamentos ou quebra de contratos, pois o serviço prestado era voluntário. Em anos anteriores, a unidade já chegou a realizar procedimentos como queiloplastia (reconstrução dos lábios), palatoplastia (reconstrução do palato) e rinoplastia. Em 2018, o total de procedimentos cirúrgicos chegou a 251.


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