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Brasil

Desmatamento na Amazônia aumenta o risco de malária, diz pesquisa

Estudo da Universidade Stanford descobriu que um está relacionado ao outro: quando aumenta casos da doença, a deflorestação diminui, e vice-versa.

O desmatamento na floresta Amazônica traz não só problemas climáticos, mas também de saúde. Segundo um estudo da Universidade Stanford, também aumenta a ocorrência de malária. A pesquisa encontrou correlação entre epidemias e a derrubada de árvores.

“Para cada quilômetro quadrado de floresta perdida, podemos esperar cerca de seis novos casos de malária”, afirma Erin Mordecai, professora de Stanford e coautora do estudo. “Ao mesmo tempo, a malária afeta a produtividade e o bem-estar das populações que habitam o interior da Amazônia, onde todos os casos de malária levam a aproximadamente 0,07 menos quilômetros quadrados de floresta desmatada.”

Nos últimos meses, o governo brasileiro foi criticado por países e órgãos internacionais pelas queimadas na Amazônia e pelo crescente aumento no índice de desmatamento na floresta.

Segundo o estudo, a relação entre o desmatamento e a malária pode ser identificada desde os anos 70, quando o Brasil começou a incentivar o uso de terras amazonenses e consequentemente teve um aumento nos casos da doença.

No entanto, os pesquisadores ainda não têm certeza qual a ligação entre os dois fatores. Algumas das hipóteses é que com menos verde, aumenta o habitat do mosquito que transmite a doença ou ainda torna o clima mais favorável para a sua reprodução. Além disso, os pesquisadores explicam que as pessoas ficam mais próximas dos mosquitos quando diminui a quantidade de floresta.

O estudo aponta que, para ter mais ganho tanto ao meio ambiente, quanto para a saúde, os órgãos públicos deveriam focar na conservação das áreas mais intactas da Amazônia. “Este é um caso claro em que o desmatamento é uma perda para o meio ambiente e a saúde pública, maioritariamente de agricultores de subsistência e outros colonos com poucas oportunidades econômicas”, diz Mordecai.


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