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Amazonas

Pacote de Guedes mantem incentivos da Zona Franca de Manaus, diz O Globo

Pacote que será enviado por Guedes ao Congresso prevê corte nos incentivos tributários que representa uma folga de R$ 27 bilhões no Orçamento do próximo ano.

O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, concedem entrevista coletiva.

O pacote de medidas que o ministro da Economia, Paulo Guedes , prepara para apresentar na próxima terça-feira deve prever um corte nos incentivos tributários atualmente em vigor. Segundo notícia do site do jornal O Globo publicada na noite desta quinta-feira, fontes a par da formulação do pacote informaram que a proposta prevê o corte linear de 10% nos chamados “gastos tributários”, incentivos a setores da economia por meio da redução de impostos, de acordo com a fonte. Isso inclui programas como o Simples Nacional . O corte pouparia apenas incentivos regionais, como a Zona Franca de Manaus. E a medida deve significar uma folga de R$ 27 bilhões no Orçamento do próximo ano.

Em 2020, o Orçamento prevê uma renúncia total de cerca de R$ 330 bilhões com gastos tributários. A estimativa do governo é que, tirando os benefícios regionais da conta, esse valor caia para R$ 270 bilhões. A partir desse número haveria um corte de 10% em todos os benefícios, liberando um espaço de R$ 27 bilhões.

A proposta faz parte de um conjunto de medidas para aumentar o controle sobre os gastos públicos, alterar regras sobre o Orçamento e aumentar os repasses federais para estados e municípios. Também será apresentada a reforma administrativa, que irá mexer nas regras sobre funcionários públicos. O anúncio está previsto para a próxima terça-feira, com a provável ida do ministro Paulo Guedes ao Congresso Nacional.

A medida, segundo o jornal, prevê ainda um controle maior sobre os incentivos fiscais. A ideia de Guedes é que todos os incentivos passem por uma avaliação pelos próximos quatro anos. Após essa avaliação, caberia ao Congresso manter ou rejeitar cada um dos incentivos. Isso faz parte da defesa que Guedes faz de dar maior poder à classe política na definição do Orçamento público.

Por enquanto, Guedes prevê mandar três propostas de Emenda à Constituição (PEC) sobre Orçamento, além da reforma administrativa. Uma das PECs deve desvincular, desobrigar e desindexar parte do Orçamento federal e dos estados e municípios. O mesmo texto poderá ainda incluir medidas para aumentar repasses do governo federal para estados e municípios.

Outra PEC irá criar o “Estado de Emergência Fiscal” para União, estados e municípios, com previsão de corte de gastos em todas as esferais. Haverá ainda uma terceira proposta, para alterar os fundos públicos. Guedes quer alterar os 280 fundos que hoje fazem parte do Orçamento. Os fundos constitucionais de Centro-Oeste, Norte e Nordeste ficarão de fora.


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