Amazonas
MP-AM instaura investigação criminal para apurar crimes investigados na Operação Novo Lar, em Manaus
Em agosto de 2021, a Operação Nosso Lar, para desbaratar organização criminosa que atuava aplicando golpes contra consumidores interessados na aquisição da casa própria.
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) instaurou procedimento investigatório criminal para apurar as denúncias de estelionato, organização criminosa e lavagem de capitais no caso do escândalo do golpe que pode ter feito 300 vítimas, em um esquema de fraudes imobiliárias em Manaus, investigado na Operação Nosso Lar, que pode ter gerado prejuízo de R$ 5 milhões, através de contratos fictícios.
O procedimento foi instaurado pelo promotor da 8a Promotoria de Justiça Criminal de Manaus, Daniel Leite Brito e cita o nome de Luiz Ramon de Souza, Rose Anne de Oliveira Souza e Franciane Gomes Silva, “decorrente da atuação dos mesmos no âmbito na atividade de suposta venda fraudulenta de casas a inúmeros consumidores através de publicidade enganosa, sem a efetiva entrega dos imóveis aos adquirentes”.
O promotor determinou a juntada de todas as oitivas individuais das vítimas que compareceram espontaneamente e manifestaram interesse na adoção de providências criminais contra os responsáveis pelo crime de estelionato, a fim de coletar maiores elementos de convicção acerca do caso.
Ele determinou a adoção de providências para a coleta de provas relacionadas ao caso para seu completo esclarecimento e identificação de outros envolvidos, ainda não conhecidos, bem como para o rastreamento do patrimônio possivelmente desviado da Cooperativa Habitacional do Amazonas – Nosso Lar (CNPJ 27.882.666/0001-77), em prejuízo dos clientes (adquirentes) das casas (vítimas).
Na Operação Nosso Lar, além de Luiz Ramon de Souza, apontado pelo MP-AM como líder da organização criminosa, a Polícia Civil do Amazonas prendeu Rose Anne de Oliveira Souza, mulher de Luiz, e Franciane Gomes da Silva, funcionária da empresa dele. Os agentes também apreenderam quatro carros de luxo registrados em nomes de terceiros.
De acordo com as investigações da Operação Nosso Lar, o trio publicava anúncio de venda de imóveis pela Cooperativa Habitacional Nosso Lar, mediante financiamento próprio, nas redes sociais e TV, fazendo os consumidores acreditarem que rapidamente poderiam adquirir seu imóvel próprio, em condomínio de casas.
As vítimas, no entanto, acabavam por fazer dívida sem fim, pois nunca tinham acesso aos anunciados empreendimentos imobiliários, não viam avanços e não tinham retorno da empresa após os devidos pagamentos. Dezenas de clientes recorreram à Justiça do Amazonas para receber o dinheiro pago aos investigados.
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