Brasil
Pesquisa: na Região Norte 65% já tiveram celular roubado ou furtado
Na região Norte, 65% dos entrevistados já tiveram um celular roubado ou furtado, contra 34% na região Sul.
A sensação de insegurança não é paranoia. 47% dos entrevistados nesta pesquisa já tiveram pelo menos um celular roubado ou furtado. Na média, cada vítima teve 1,57 aparelho levado por criminosos – um pouco acima daquela registrada um ano atrás, que era de 1,55. O problema atinge igualmente a homens e mulheres, independentemente da classe social, mas há diferenças regionais significativas. Na região Norte, 65% dos entrevistados já tiveram um celular roubado ou furtado, contra 34% na região Sul. Também há diferença por faixa etária: proporcionalmente, há mais jovens que foram vítimas desse crime (52%) do que as pessoas com 50 anos ou mais (34%).
As conclusões são da pesquisa independente Panorama Mobile Time/Opinion Box – Roubo de celulares no Brasil, realizada por uma parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções em pesquisas Opinion Box, junto a 2.532 brasileiros que acessam a Internet e possuem smartphone, respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. As entrevistas foram feitas em junho de 2019. A margem de erro é de 2.1 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.
A pesquisa diz que a telefonia móvel é assim chamada e se distingue da telefonia fixa exatamente por sua mobilidade. Quando o usuário têm medo de atender na rua o seu celular, este deixa de ser móvel e passa a ser portátil, utilizado somente em ilhas onde a pessoa se sente segura, como sua casa, seu trabalho, dentro de estabelecimentos comerciais etc. Portanto, a falta de segurança pública afeta diretamente o propósito central do serviço de telefonia móvel e toda a sua infraestrutura.
Também diz que há pelo menos três caminhos para minimizar o problema do medo e que podem ser trilhados paralelamente: melhora da segurança pública; maior controle e bloqueio de aparelhos roubados/furtados; e popularização dos seguros para celulares, cuja adoção ainda é relativamente baixa em um mercado com tamanha incidência de roubos e furtos de smartphones.
As análises contidas no relatório são de Fernando Paiva, editor do Mobile Time, jornalista com 19 anos de experiência na cobertura do setor de telecomunicações. Paiva é especializado no mercado de conteúdo móvel e é o organizador de eventos que são referência nesse setor, como Tela Viva Móvel, Super Bots Experience, Fórum de Operadoras Alternativas, Mobishop e Mobi-ID.
Medo
Dentre aqueles que possuem smartphone, 84% declaram que evitam atender a uma chamada quando estão na rua. Para ser mais preciso, 33% afirmam que tomam esse cuidado em qualquer rua, enquanto 51% dizem que “depende da rua”. Apenas 16% garantem que sempre atendem seu telefone, onde quer que estejam.
A preocupação é maior entre as mulheres. 88% daquelas que possuem smartphone evitam atender chamadas quando estão na rua (42% em qualquer rua e 46%, dependendo da rua). Entre os homens, a atitude cautelosa vale para 78% deles (22% em todas as ruas e 56%, em algumas delas). Como era de se esperar, o medo é maior entre os brasileiros que já tiveram um smartphone roubado ou furtado alguma vez na vida: 87% destes evitam atender chamadas quando estão na rua; contra 81% daqueles que nunca foram vítima.
A sensação de insegurança não é paranoia. 47% dos entrevistados nesta pesquisa já tiveram pelo menos um celular roubado ou furtado. Na média, cada vítima teve 1,57 aparelho levado por criminosos – um pouco acima daquela registrada um ano atrás, que era de 1,55. O problema atinge igualmente a homens e mulheres, independentemente da classe social. Também há diferença por faixa etária: proporcionalmente, há mais jovens que foram vítimas desse crime (52%) do que as pessoas com 50 anos ou mais (34%).
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