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Cultura

Rap de manifestantes cubanos ganha prêmio de Melhor Canção do Ano no Grammy Latino

“Patria y Vida” também ganhou a categoria de Melhor Canção Urbana do ano

Músicos comemoram o prêmio destacando a liberdade por Cuba

Nesta quinta-feira (18/11), um grupo de músicos cubanos, incluindo a dupla de reggaeton Gente de Zona, ganhou, o prêmio Música do Ano no Grammy Latino 2021 por “Patria y Vida”, um rap que se tornou o hino do movimento cubano de protesto contra o regime da ilha. Gente de Zona, Yotuel, da banda Orishas, e o cantor e compositor Descemer Bueno colaboraram na canção com dois rappers em Cuba, Maykel Osorbo e El Funky, que fazem parte de um coletivo de artistas dissidentes chamado Movimento San Isidro.

O grupo se apresentou no palco da premiação, em Las Vegas, com todos vestidos de branco em uma manifestação de solidariedade com outros ativistas em Cuba. “Patria y Vida” também ganhou a categoria de Melhor Canção Urbana do ano.

“Isto é pelo meu país, pela liberdade de expressão e pela liberdade dos cubanos”, disse o cantor Bueno.

O título da canção vencedora, “Pátria e Vida” em português, é uma contraposição ao antigo slogan revolucionário “Pátria ou Morte”, marcado em muros e outdoors em toda a ilha desde a revolução de 1959, liderada por Fidel Castro.

A letra se refere à intolerância ideológica, à escassez de alimentos e à saída de jovens cubanos que já não veem mais futuro na ilha. A canção ganhou força em Cuba e o grito “Patria y Vida” foi entoado por manifestantes que saíram às ruas em 11 de julho deste ano nos maiores atos em 40 anos.

A mídia estatal disse que a canção contradiz a realidade cubana, e as autoridades culpam o embargo econômico americano de 60 anos pelas dificuldades econômicas da ilha, que foram agravadas pelo impacto da pandemia no turismo. No entanto, os artistas de Cuba vêm há anos se manifestando por maior liberdade de expressão.

A música, que soma 9,2 milhões de acessos no YouTube, também foi usada na convocação de um novo protesto marcado para 15 de novembro, mas essa manifestação foi fristrada pela ação do governo, que militarizou as ruas e fez um cerco a 100 ativistas, o que provocou medo nas pessoas.

As informações são do Extra.

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