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Amazonas

‘Migalha’ : trabalhadores da saúde protestam contra reajuste anunciado por Wilson Lima

Categoria foi surpreendida por governador, que anunciou reposição de 8,9%; enquanto profissionais da saúde brigavam por 24% de reposição salarial

Profissionais repudiaram o reajuste anunciado por Wilson Lima nesta terça

Trabalhadores em saúde vinculados ao Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Área de Saúde do Amazonas (Sindsaúde) marcaram para o próximo dia 28 de outubro, às 16h, em frente a Arena Amadeu Teixeira, zona centro-sul de Manaus, uma manifestação em repúdio ao reajuste de 8,9% anunciado pelo governador Wilson Lima, nesta terça-feira (26), destinado aos funcionários da Secretaria de Saúde (SES) e fundações. A reação se deu horas depois do governador ignorar os pleitos da categoria, que pleiteava reposição salarial de 24%, referentes às datas-bases atrasadas dos anos de 2016, 2017, 2020 e 2021, mais a progressão e promoção do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração que estão atrasadas desde 2012.

Em vídeo divulgado pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Área de Saúde do Amazonas (Sindsaúde), Cleidinir Socorro, um dos trabalhadores classifica o reajuste salarial anunciado por Wilson Lima como “migalha”. “Você, trabalhador e trabalhadora da saúde, que ficou indignado (sic) com esta migalha que foi oferecida, hoje. Estamos convocando e intimando todos os trabalhadores da saúde para no próximo dia 28, em frente à Arena Amadeu Teixeira, a partir das 16h, para a assembleia unificada dos trabalhadores da saúde seguida de um grande ato. Enganação não, Valorização sim”, convocou um dos sindicalizados.

“Mais de 24% que eles nos deve hoje. É uma insatisfação muito grande, uma categoria que ficou lutando até pela própria vida, ficou na linha de frente, não teve os privilégios de ter quarentena, de fugir”, ponderou a líder sindical.

Cleidinir Socorro disse que a insatisfação da categoria é grande uma vez que o Sindsaúde pleiteava que o pagamento das datas-bases em atraso começasse a ser pago ainda em 2021, e não a partir de janeiro de 2022, conforme anunciado pelo governador. “O secretário de Saúde (Anoar Samad) sentou conosco e nós pedimos pelo menos a primeira parcela e nós queríamos também, já que ele não vai dar na folha deste ano, que ele desse um abono natalino, que seria um abono no valor de um décimo quarto do salário do trabalhador. Mas ele não anunciou. Ele (secretário de Saúde) falou que ficaria para conversarmos no próximo ano, já que vai ser pago em janeiro este aí (parcela). Só que o próximo ano é eleitoral. É muito complicado a legislação. Só tem até abril. Ele (governador) falou também sobre as promoções e progressões, que as nossas já estão atrasadas desde 2012, (mas) ele também não anunciou a da saúde. Então, não é esse pleito que é dos sindicatos”, comentou Cleidinir.

O próprio governador tinha congelado, em julho de 2019, os reajustes salariais dos trabalhadores conquistados em 2018 e que contemplavam as reposições salariais referentes aos governos anteriores.


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