Amazonas
À CPI da Amazonas Energia, diretor do Procon-AM diz que triplicaram denúncias de cortes elétricos irregulares durante a pandemia
Jalil Fraxe foi o segundo a prestar depoimento na comissão que investiga possíveis irregularidades por parte da concessionária
O diretor-presidente do Programa Estadual de Proteção e Orientação do Consumidor (Procon-AM), Jalil Faxe, revelou à CPI da Amazonas Energia que triplicaram as denúncias de cortes irregulares durante a Pandemia da Covid-19, por parte da concessionária Amazonas Energia. Ele prestou depoimento nesta quinta-feira (21) na comissão. Jalil afirmou ainda que a concessionária foi a recordista no número de reclamações gerais, desde o momento que assumiu a gestão do órgão. As informações são do deputado estadual Sinésio Campos (PT), presidente da CPI.
Segundo Jalil, a Amazonas Energia descumpriu as leis estaduais n° 5.145 de 220 e n° 5.412 de 2021 que proíbem os cortes de energia, mesmo que a conta de luz não tenha sido paga pelos consumidores amazonenses, tendo como apoio a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) que considera legítima a contemplação do dispositivo, em âmbito regional, a fim de ampliar a proteção do consumidor e preservar o fornecimento de serviço público.
Jalil Fraxe disse que de março de 2020 a 15 de outubro de 2021, o Procon-AM registrou 8 mil 177 reclamações em seus canais oficiais, tornando a Amazonas Energia a mais reclamada, no período de sua gestão à frente do órgão. “Para se ter uma ideia, 1.487 reclamações viraram processos, 903 atendimentos preliminares, 756 consultas, 2 mil 346 cartas de informação preliminar – aquelas que são enviadas às empresas, caso ela não solucione o problema do consumidor de forma imediata –, 518 e-mails, 2 mil 167 telefonemas, mais de 60 registros nas redes sociais oficiais, além de fiscalizações que foram realizadas pelo Procon-AM”.
Jalil destacou que o registro de corte indevido de energia, de forma não oficial, foram muitas, com marcação do perfil do Procon-AM em redes sociais e até mesmo em sua rede pessoal. O diretor-presidente destacou, ainda, que o Procon-AM não alcança todos os municípios do Estado, mas, recebe e tenta atender tudo que recebe de denúncia. “Nós temos Procons apenas em São Gabriel da Cachoeira, Tefé e Manacapuru, mas, todos os municípios de forma direta ou indireta acabam enviando demandas ao Procon estadual”.
O presidente da CPI da Amazonas Energia, Sinésio Campos, ressaltou que a comissão inverteu os depoimentos para ter dados suficientes no momento em que confrontar a Amazonas Energia. “São informações públicas e que estão sendo compartilhadas com a sociedade, então, estamos coletando os dados oficiais para, posteriormente, questionar as tarifas abusivas, os blecautes e tantos outros descasos. Mas, não se esgota por aí, têm muitas denúncias que não foram registradas por esses órgãos e vamos dar abertura para população nesta CPI que clama por justiça”.
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Paulo Andrade 22/10/21 - 10:38
Tem um detalhe nesse contexto, o sobrenome Fraxe do atual CEO não rima com Procon.
Vide sua não atuaçao pra conter o cartel dos postos de combustíveis.
Questāo de sobrenome, claro?