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Economia

Quase metade da população da Região Norte tem baixa saúde financeira, diz pesquisa da Febraban

A conclusão da pesquisa é que os brasileiros, na média, vivem “no limite” do equilíbrio financeiro.

Quase metade da população da Região Norte tem baixa saúde financeira, de acordo com pesquisa envolvendo mais de 5.000 pessoas em todo o País, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para desenvolver o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB), lançado nesta segunda-feira. Há mais nortistas nas faixas de saúde financeira “baixa”, “muito baixa” e “ruim” (48,1%) do que nas faixas “boa”, “muito boa” e “ótima” (42,3%). Outros 9,8% estão na faixa “ok”.

A conclusão da pesquisa é que os brasileiros, na média, vivem “no limite” do equilíbrio financeiro. De uma escala que vai de zero a 100 pontos, a pontuação média dos brasileiros verificada pela Febraban foi de 57. Segundo a entidade, quem fica na faixa de 57 a 60 pontos tem saúde financeira “ok”, com equilíbrio no limite e pouco espaço para erro. A classificação tem sete faixas que vão de “ruim” a “ótima”.

Há mais brasileiros nas faixas de saúde financeira “baixa”, “muito baixa” e “ruim” (48,3%) do que nas faixas “boa”, “muito boa” e “ótima” (41,6%). Outros 10,1% estão na faixa “ok”. “O padrão das respostas revela pessoas que lutam por uma vida financeira estruturada para fechar as contas do mês e a difícil missão que é ter reservas para as emergências. Os entrevistados apontam a necessidade de mais informações sobre finanças, incertezas quanto à maneira como lidam com o dinheiro e insegurança quanto ao futuro”, diz a Febraban.

O conceito de saúde financeira abrangido pelo índice compreende: ser capaz de cumprir as obrigações financeiras correntes, ser capaz de tomar boas decisões financeiras, ter disciplina e autocontrole para cumprir objetivos, sentir-se seguro quanto ao futuro financeiro e ter liberdade de fazer escolhas que permitam aproveitar a vida. Essas dimensões foram medidas a partir das respostas das pessoas a um questionário.

Os dados compilados indicam que, de modo geral, os brasileiros:

• vivem um limite justo entre renda e gastos;

• raramente têm dinheiro sobrando no fim do mês;

• convivem com estresse por causa dos compromissos;

• não se sentem capazes de reconhecer um bom investimento;

• não conseguem perceber quando precisam de orientação;

• sentem que não estão garantindo o futuro financeiro;

• admitem que outro jeito de lidar com o dinheiro permitiria aproveitar melhor a vida.

Desenvolvido em cooperação técnica com o Banco Central do Brasil, membros do Sistema Financeiro Nacional e acadêmicos familiarizados com protocolos internacionais sobre o tema, o I-SFB pode ser acessado por qualquer pessoa interessada em aferir o nível de sua própria saúde financeira. O indicador permite realizar um diagnóstico individual para identificar vulnerabilidades e personalizar estratégias de educação financeira e pode ser acessado aqui.

“Com esse diagnóstico, o indivíduo pode avaliar o que é capaz de fazer para melhorar suas finanças pessoais e aumentar sua saúde financeira. Pode também mensurar sua saúde financeira ao longo do tempo e compará-la com a média brasileira”, diz a entidade. O questionário é composto por 18 perguntas, sendo 15 obrigatórias.

Mais de 70 especialistas – das áreas bancária, acadêmica e integrantes do Sistema Financeiro Nacional, como o setor cartão de crédito, birôs de crédito, empresas de leasing, especialistas em educação financeira e planejadores financeiros – estiveram envolvidos na adaptação do índice à realidade brasileira. Ferramentas do tipo já são aplicadas em outros países como Estados Unidos, Escócia e Cingapura.


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