Amazonas
Deputado diz que Assembleia do Amazonas passou ‘vergonha nacional’ por não investigar Wilson Lima
Wilker Barreto (Podemos) cobrou novamente a instalação da CPI da Pandemia, na Assembleia, para investigar possíveis crimes cometidos pela gestão do governador Wilson Lima
O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) disse, nesta quarta-feira (30/06), que a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE) passou vergonha nacional ao ser cobrada por vários senadores, na CPI da Covid, em Brasília, por não ter investigado o governador do Estado, Wilson Lima (PSC).
Wilker disse que a ALE foi associada ao governo Wilson Lima, alvo de denúncia de corrupção no enfrentamento da pandemia no Amazonas. “A Assembleia legislativa passou vergonha, ontem, nacionalmente. Nós fomos cobrados, senhor presidente. Todos os senadores da República questionaram porquê esta casa não está investigando (o governador). Aí foi nossa mácula”, afirmou.
Para o deputado, se até a próxima sexta-feira os demais deputados não assinaram o pedido de instalação da CPI da Pandemia , a ALE ficará “manchada” pelo apoio ao governador. A proposta da CPI é investigar os crimes cometidos durante a pandemia na gestão de Wilson Lima.
“Precisamos de mais quatro assinaturas. A Assembleia dará uma resposta ao Brasil ou ficará publicamente associada a este governo. Quando o governador foi denunciado pela PGR, esta casa não poderia ter feito ouvido de mercador. Por isso, presidente, precisamos investigar a pandemia. É um pedido da República. Na medida que o STF analisou e falou que cabe às Assembleias investigar os gastos, se a Assembleia do Amazonas não abrir a CPI ainda nesta semana, o recado que dará ao Brasil é que existe um pacto com o governo, e não pacto com o povo”, afirmou Wilker.
Para ser instalada, a CPI da Pandemia precisa da assinatura de mais quatro parlamentares. Até o momento tem as assinaturas dos deputados Delgado Péricles (PSL), Dermilson Chagas (Podemos), Wilker Barreto (Podemos) e Nejmi Aziz (PSD).
Cobrança
Ainda nesta quarta-feira (30), o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) fez um alerta para os pagamentos indenizatórios, de mais de R$ 5 bilhões e que ocorrem há dez anos no Amazonas, e disse que o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE) tem cinco anos para julgar contas, portanto, de dez anos, ao menos cinco anos foram julgados, e propôs analisar se as contas, de fato, foram aprovadas e se Ministério Público do Amazonas (MP-AM) entrou com ação questionando os processos na área de Saúde descobertos pela CPI da Pandemia no Estado.
“Tenho certeza que não foi feito absolutamente nada e não podemos fazer de conta que nada aconteceu. Temos dois órgãos de controle que não identificaram esses fatos. Pagamentos indenizatórios foram identificados pela CPI da Saúde. Esses fatos ficaram desapercebidos durante anos. Os cinco anos para trás ninguém pode fazer nada e os cinco anos posteriores, fizeram o que? Nada também? Essa é a minha indignação”, questionou.
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