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Brasil

‘Não recebemos uma dose sequer dessa vacina’, diz presidente Bolsonaro sobre Covaxin

Presidente foi a Jucurutu, no Rio Grande do Norte, e defendeu voto impresso.

O presidente Jair Bolsonaro falou nesta quinta-feira (24) pela primeira vez sobre as denúncias de supostas fraudes nos contratos da vacina Covaxin. “Para tristeza de alguns poucos, o governo está completando dois anos e meio sem uma acusação de corrupção. Não adianta inventar vacina, porque não recebemos uma dose sequer dessa que entrou na ordem do dia da imprensa”, disse ele, em evento em Jucurutu, no Rio Grande do Norte, onde liberou recursos para continuidade das obras da barragem de Oiticica.

“Temos um compromisso, se algo estiver errado, apuraremos, mas graças a Deus, até o momento, graças à qualidade dos nossos ministros, não tivemos um ato de corrupção em dois anos e meio”, declarou.

A CPI da Pandemia recebeu documentos enviados pelo Ministério das Relações Exteriores que revelam que o valor negociado pelo governo brasileiro para a compra da Covaxin foi 1000% superior ao estimado pela fabricante, a indiana Bharat Biotech. O governo rebate essa informação e afirma que o valor ofertado da vacina era o de mercado.

Ontem (23), o deputado Luis Miranda (DEM-DF) disse em entrevista à CNN ter levado ao presidente em março deste ano suspeitas de que haveria ilicitude na aquisição do imunizante. Mais tarde no mesmo dia, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, negou as acusações e disse que Miranda iria “se entender com a gente”.

“Deus está vendo. Mas o senhor não vai só se entender com Deus, vai se entender com a gente também. E vem mais. O senhor vai explicar e o senhor vai pagar pela irresponsabilidade, pelo mau-caratismo, pela má-fé, pela denunciação caluniosa e pela produção de provas falsas”, disse.

Voto impresso

Em Jucurutu, a 233 km de Natal, Bolsonaro voltou a defender o voto impresso. O presidente disse que, caso o projeto que atualmente tramita no Congresso seja aprovado, as urnas com impressão do voto já serão usadas nas próximas eleições de 2022.

“Isso passa pelo parlamento brasileiro e, tenho certeza de uma coisa, se for promulgada essa PEC, teremos voto impresso no ano que vem”, disse.

“A gente quer que o povo, após votar, que aquele voto vá para aquele presidente, governador, senador e deputado, para que a pessoa possa efetivamente representá-la. Não há satisfação maior”, declarou.

Segundo o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luis Roberto Barroso, em 25 anos de uso das urnas eletrônicas, não houve uma única ocorrência de fraude.


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