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Amazonas

Com salários líquidos de até R$ 25 mil, governador e vice do AM contratam alguns dos mais caros advogados do País

O governador, o vice e mais 16 pessoas, foram denunciados pela PGR por organização criminosa e prática dos crimes de dispensa indevida de licitação, fraude à licitação e peculato em meio à pandemia do novo coronavírus.

Há pedido de impeachment contra o governador Wilson e o vice, Carlos Almeida

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e o vice-governador Carlos Almeida Filho (PSDB), contrataram a peso de ouro seus advogados de defesa contra a denúncia de superfaturamento e formação de quadrilha, no caso da compra de respiradores para pacientes de Covid-19 no Estado, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com informações do Portal da Transparência do Estado, no último mês, Wilson Lima, com vencimento de governador do Estado, de R$ 34.070,00, recebeu líquido R$ 25.024,93. E Carlos Filho, com vencimento de R$ 32.200,00, recebeu líquido R$ 20.616,01.

Quem defende Wilson Lima é o escritório do advogado Antônio Nabor Areias Bulhões, um dos mais respeitados e caros do Brasil. Nabor foi advogado do ex-presidente Fernando Collor, Paulo César Farias e advogou para a Itália no caso Cesare Battisti. Também defendeu , em 2015, Marcelo Odebrecht, julgado e condenado na Operação Lava Jato.

Segundo a coluna Radar da revista Veja, para defender Almeida foram contratados os advogados José Eduardo Cardozo e Luciana Lóssio. A dupla é conhecida por atuar em cargos estratégicos nos governos do PT – Cardozo é crítico da Lava Jato e foi ministro da Justiça de Dilma Rousseff. Já Luciana, foi ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após ser nomeada por Dilma.

Lóssio atuou em ações na Justiça Eleitoral, realizando sustentações orais no plenário do Tribunal Superior Eleitoral e trabalhando como advogada de defensa de deputados e dos governadores José Roberto Arruda,[6] Rogério Rosso e Roseana Sarney. Durante as eleições de 2010, atuou como advogada da coligação ‘Para o Brasil seguir mudando’, liderada pela presidenciável Dilma Rousseff.

O governador, o vice e mais 16 pessoas, foram denunciados pela PGR por organização criminosa e prática dos crimes de dispensa indevida de licitação, fraude à licitação e peculato em meio à pandemia do novo coronavírus. A PGR calcula que os prejuízos aos cofres públicos somam R$ 2.198.419,88.

A denúncia diz que, sob o comando do governador, instalou-se “uma verdadeira organização criminosa que tinha por propósito a prática de crimes contra a Administração Pública, especialmente a partir do direcionamento de contratações de insumos para enfrentamento da pandemia, sendo certo que, em pelo menos uma aquisição, o intento se concretizou”.


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