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Amazonas

Bandidos estão na frente da polícia e não tinha como prever os ataques, diz secretário de Segurança

O secretário Louismar Bonates afirmou, na manhã desta segunda-feira, que a Secretaria de Inteligência do Governo do Amazonas “não tinha como prever” os atos e que “a bandidagem sempre está um passo à frente da polícia”.

O secretário de Segurança Pública do Amazonas, o coronel da Policia Militar (PM) Louismar Bonates, afirmou, na manhã desta segunda-feira, que a Secretaria de Inteligência do Governo do Amazonas “não tinha como prever” os atos e que “a bandidagem sempre está um passo à frente da polícia”. Segundo ele, os órgão de segurança não imaginavam que o assassinato do líder de uma facção criminosa geraria reação dos bandidos.

“(As polícias) não foram pegas de surpresa. A polícia sempre está prevendo que o crime pode fazer alguma coisa. Mas, nessa situação, não esperávamos que acontecesse”, disse o secretário, Segundo ele, os órgãos de segurança não têm pessoal suficiente pra fazer frente aos narcotraficantes no Estado e que espera que o governo federal ceda as tropas para ajudar os policiais no Amazonas. “O que houve aqui foi uma situação atípica. Entre eles se matando, morrendo em confronto com a polícia, basicamente, (acontece) todo mês, toda semana, cotidianamente. Mas, nunca teve um caso desse”, disse.

O secretário disse que “a bandidagem sempre está um passo à frente da polícia” e que “isso é científico”. “Por mais que você queira, não tem como (prever). (…) Por exemplo, combate no rio, estamos apreendendo muitas drogas. Nós sabemos que aquilo vai gerar outros fatores. O que eles podem fazer? Roubar ônibus. Nós vamos começar a fazer um policiamento melhor aí, mas em vez de eles irem àquele local, eles vão para outros”, disse o secretário.

Bonates negou que as forças de segurança tenham sido pegas de surpresa, mas depois afirmou que a polícia não esperava a reação dos criminosos. “(As polícias) não foram pegas de surpresa. A polícia sempre está prevendo que o crime pode fazer alguma coisa. Mas, nessa situação, não esperávamos que acontecesse”, disse.

A Secretaria de Segurança informou que 29 veículos foram incendiados pelos bandidos, entre eles 15 ônibus, três carros, três micro-ônibus, duas carretas, dois tratores, uma van, uma viatura da Polícia Militar, uma viatura da Polícia Civil e uma retroescavadeira. E houve tentativa de incêndio a veículos no estacionamento da Secretaria de Limpeza Urbana, incêndio em garagem de uma empresa de ônibus e uma ambulância roubada e queimada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O governo estadual também registrou oito ataques a prédios públicos, incluindo PAC do Educandos, Terminal de ônibus de Petrópolis, Terminal de ônibus desativado na Cidade Nova, Bola das Letras, UBS no bairro Nova Esperança, Prédio do 24º DIP (Distrito Integrado de Polícia), Junta Médica e Prédio da Associação de Moradores do bairro Aleixo.

Foram dois ataques a estabelecimentos comerciais, sete em vias públicas e outras sete em bancos (Bradesco, Basa, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Santander). No bairro Compensa, zona oeste de Manaus, um carro de um policial militar foi incendiado.No interior, a polícia registrou ocorrências em Iranduba (incêndios em três veículos e em uma agência bancária), Parintins (incêndio em um ônibus e em uma viatura da Polícia Militar), Careiro Castanho (incêndio na Secretaria de Obras), Manacapuru (incêndio no PAC), Carauari (princípio de incêndio no Centro de Convivência da Família) e Rio Preto da Eva (um ônibus incendiado).

Treze pessoas foram presas no interior, sendo 10 em Carauari. Segundo a polícia, os presos realizaram pichação e vandalismo na Ponte do Mercadinho, no bairro Samuel Amaral. Um carro foi incendiado no mesmo bairro. Atearam fogo e depredaram objetos no Centro de Convivência da Família, no bairro Morumbi. E um início de incêndio em um ônibus foi detectado no bairro de Fátima.

Em Rio Preto da Eva, três suspeitos foram presos no momento em que soltavam fogos de artifício pela cidade. Um ônibus foi incendiado.


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