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Amazonas

Empresário gaúcho foi um dos presos na operação contra o governador do Amazonas

Rafael Garcia da Silveira é sócio de empresa de limpeza contratada por hospital de campanha investigado por fraudes em licitações em Manaus.

A operação da Polícia Federal (PF) realizada quarta-feira (2), em Manaus, e que teve como um dos alvos o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), tem entre os seis presos um empresário gaúcho. Rafael Garcia da Silveira é diretor e sócio da empresa Prime, contratada para prestar serviços de lavanderia no Hospital de Campanha Nilton Lins, que atende pacientes com Covid-19. As informações são do jornal Zero Hora, de Porto Alegre (RS).

Um dos presos na operação da PF é Silveira, que tem escritório em prédio junto ao Barra Shopping Sul, em Porto Alegre. Ele é diretor e proprietário da Prime Atividades de Apoio à Gestão de Saúde, que tem por contrato R$ 538 mil em 90 dias de atividade no Nilson Lins.

A Prime é investigada por não ter enviado para análise diversos documentos, como atestado de aptidão técnica, nota fiscal ou nota de empenho. Silveira teve como sócio na Prime, até dois anos atrás, o amazonense Sérgio Chalub, outro dos presos pela PF nesta quarta-feira.

Chalub hoje é diretor da Líder Serviços de Diagnóstico por Imagem (raio X, ultrassonografia e tomografia), contratada por R$ 515 mil para atuar, também por 90 dias, no mesmo hospital. Tanto os contratos da Líder quanto os da Prime são investigados para verificação de indícios de sobrepreço e ausência da prestação de serviços. A Líder é também suspeita de fraudar a qualificação técnica dos médicos contratados para trabalhar no Nilton Lins.

Sérgio Chalub já faturou mais de R$ 30 milhões em contratos para prestação de serviços em unidades de saúde amazonenses, conforme a CPI da Saúde, realizada em 2020 pela Assembleia Legislativa do Amazonas.

Quando ouvidos na CPI da Saúde, os proprietários da Prime e da Líder declararam estarem brigados. Silveira acusou Chalub de ter desviado R$ 2,5 milhões da empresa. Além disso, Chalub é suspeito de apresentar atestado de aptidão técnica falso para ganhar um pregão eletrônico no valor de R$ 2,2 milhões.

Os ex-sócios foram presos pela PF nesta quarta-feira e estão incomunicáveis, sendo interrogados em Manaus. A reportagem não conseguiu contato com seus defensores.


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