Amazonas
PF deflagra operação para apurar desvios na Saúde do Amazonas; governador e secretário são alvos
A CNN Brasil informou que os policiais foram à casa do governador Wilson Lima (PSC), que enfrentará um julgamento de denúncia ainda hoje no STJ.
A Polícia Federal (PF) informou, nesta quarta-feira (02/06), que deflagrou a quarta fase da Operação Sangria, para o cumprimento de 25 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária cumpridos em Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), além de sequestro de bens e valores, que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24.
A CNN Brasil informou que os policiais foram à casa do governador Wilson Lima (PSC), que enfrentará um julgamento de denúncia ainda hoje no STJ. Os policiais também estiveram no gabinete do governador.
O secretário de Saúde Marcellus Campêlo, o empresário Nilton Consta Lins Júnior e outras quatro pessoas são alvos de mandado de prisão. Campêlo teria sido procurado em dois endereços e não foi encontrado.
Agentes também fazem busca na casa do governador Wilson Lima, na sede do governo do Amazonas, na Secretaria de Saúde, na casa do secretário de saúde Marcellus Campêlo, na casa do dono do Hospital Nilton Lins e no Hospital Nilton Lins.
A ação, segundo a PF, apura possíveis práticas de crimes, como pertencimento a organização criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos públicos. Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta, para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do Governo do Estado, de um hospital de campanha que, de acordo com os elementos de prova, não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia COVID-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade.
A operação verificou, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos os três firmados em janeiro de 2021 com o Governo do Amazonas, cujos serviços são prestados em apoio ao hospital de campanha, contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.
Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.
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