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Amazonas

Convocação de Wilson Lima e Carlos Almeida filho continuam pendentes na CPI da Covid

Entre os requerimentos não apreciados estão os que convocam Wilson Lima e o vice-governador do Estado Carlos Almeida Filho.

A CPI da Pandemia se reúne na quarta-feira (26) para votar um conjunto de requerimentos que devem nortear os próximos passos da investigação. A pauta de votações ainda não foi divulgada pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM). Mas, até a manhã desta sexta-feira (21), a comissão acumulava dezenas de pedidos pendentes de apreciação, entre eles os que convocam o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) e outras personalidades do Estado. Segundo a Agência Senado, 188 requerimentos sugerem a convocação de testemunhas.

Entre os requerimentos não apreciados estão os que convocam Wilson Lima, a promotora de Justiça do Amazonas Silvana Nobre, a ex-secretária de Saúde Simone Papaiz, o especialista em Saúde Pública da Fiocruz-Amazonas Marcus Vinicius Guimarães Lacerda, o vice-governador do Estado Carlos Almeida Filho, o presidente do Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde do Amazonas (Cosems-AM), o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Manaus e o presidente do Sindicato dos Médicos dos Amazonas.

A CPI tinha reunião deliberativa marcada para a última quinta-feira (20). Mas o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD/AM) decidiu adiar a votação para concluir o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Os 27 pedidos que estavam na pauta podem ser votados na próxima quarta-feira. Entre eles, a convocação do empresário Carlos Wizard, apontado como integrante de um suposto conselho paralelo de saúde.

Omar diz que não há consenso para a votação de alguns pedidos de convocação. Segundo Aziz, o tema deve gerar muita discussão entre os senadores. Por isso, a próxima reunião deliberativa será exclusiva para a apreciação de requerimentos. Não haverá depoimento de testemunhas.

“Nós tiraríamos o dia para votar requerimentos e convocações. Tem muitos requerimentos que vai ter discussão. Então, não ouviríamos ninguém, só votaríamos. Vamos perder muito tempo discutindo. Tem nomes que são consenso, tem outros que não são. Então, acho melhor nós fazermos isso numa sessão inteira”, explicou Aziz.

Também estão pendentes requerimentos de convocação para investigar o repasse de recursos da União para estados e municípios. Podem ser chamados a depor, além de Wilson Lima, os governadores Rui Costa (Bahia), e Helder Barbalho (Pará), João Doria (São Paulo). Wellington Dias (Piauí) é convidado como representante do Fórum dos Governadores.

A CPI da Pandemia foi instalada no dia 27 de abril. Desde então, a comissão aprovou 255 requerimentos. Dos 343 pedidos pendentes de apreciação, 80 foram apresentados nesta semana.

Omar elogia Wilson

No ano passado, Omar Aziz declarou apoio público a Wilson Lima (PSC) e afirmou que “sabe de seu esforço e vontade de acertar e que isso basta”. Foi em setembro do ano passado, em uma solenidade de lançamento do programa Retomada da Atividade Turística no Amazonas, realizada pelo governo do Estado, no município de Iranduba.

O senador disse: “Governador Wilson Lima, apesar dos problemas que o Brasil passa e o estado passa, eu sei do seu esforço, da sua vontade em acertar e isso para mim basta. As pessoas não sabem o que é estar sentado em uma cadeira de governador. A gente muitas vezes tenta acertar, quer fazer o melhor, mas existem aqueles que estão viúvos e ficam denegrindo e crescendo em cima disso. Não liga para isso, Deus é bom, Deus sabe o que está fazendo”.

No requerimento para convidar Wilson Lima, o senador Marcos Rogério (DEM/RO) diz que quer
apurar as ações e omissões no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio para os pacientes internados e as possíveis irregularidades em contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, assinatura de contratos com empresas de fachada para prestação de serviços genéricos ou fictícios, entre outros ilícitos, se valendo para isso de recursos originados da União Federal.


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